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GV do Brasil registra 3 acidentes graves em menos de 10 dias

Trabalhadores com pé esmagado, mão prensada e até ponte rolante que pegou fogo. Segundo sindicato, todos poderiam ser evitados

Trabalhadores fizeram paralisação nessa quarta-feira para protestar contra falta de segurança na fábrica

Os trabalhadores da GV do Brasil, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação nessa quarta-feira, dia 15, em protesto ao excesso de acidentes.

Em menos de 10 dias, três ocorrências graves foram registradas e, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, todas poderiam ter sido evitadas se os procedimentos de segurança fossem respeitados.

Um foi no dia 6 no setor de aciaria. Uma tampa de ferro, com mais de 300 kg, caiu no pé de um trabalhador. Houve o esmagamento do pé e ele teve que fazer cirurgia. A tampa caiu porque a corrente, já danificada, arrebentou. O mecânico havia solicitado a troca, mas a compra da corrente nova não foi realizada.

No domingo, um trabalhador da laminação teve a mão prensada em um cilindro. A proteção foi retirada para reparo e a chefia ordenou que a produção continuasse.

Na terça-feira, houve um incidente de alto potencial de risco na aciaria. A ponte rolante pegou fogo. Pela falta de uma proteção, as chamas do forno se espalharam por todo o sistema hidráulico. Não havia operador na cabine no momento.

Segundo o presidente do sindicato, Herivelto Vela, a falta de segurança é um problema recorrente na GV.

“O sindicato está muito preocupado com a saúde, com a vida do trabalhador. São várias situações de risco que fazemos intervenções. Outras paralisações por segurança já ocorreram na GV, mas a visão da empresa tem que mudar”, disse.

A GV do Brasil, do Grupo Simec, emprega 440 trabalhadores em Pinda. Ela atua no ramo do aço e fica localizada na Rodovia Ver. Abel Fabrício Dias, no bairro Água Preta.

O dirigente sindical na GV, Paceli Alves
O presidente do sindicato, Herivelto Vela