Trabalhadores da Gerdau fazem paralisação por salário e direitos
Empresa não aceitou pagar nada de reajuste até agora; protesto também pressiona patrões da Fiesp pela renovação e ampliação da Convenção Coletiva de Trabalho
Os trabalhadores da Gerdau de Pindamonhangaba fizeram uma paralisação nessa quarta-feira, dia 18, pela Campanha Salarial.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, até o momento a empresa não aceitou pagar o reajuste da inflação, calculado em 1,73%. Segundo o vice-presidente do sindicato, André Oliveira – Andrezão, a categoria reivindica 4% de reajuste. “Quando a empresa estava em situação ruim, o trabalhador aceitou algumas condições para ajudar a empresa durante a crise e agora quando a empresa está com produção altíssima, com hora-extra, a empresa não reconhece o esforço do trabalhador”, disse.
Ainda segundo ele, os direitos trabalhistas também estão sendo discutidos na negociação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que é específica da categoria. “Queremos incluir na convenção medidas que dêem alguma proteção ao trabalhador frente à reforma trabalhista, mas a própria renovação da convenção coletiva está em jogo. É ela que estipula o piso salarial, garantias pra quem sofreu de acidente de trabalho e vários outros direitos”, disse Andrezão.
A paralisação ocorre para pressionar também as bancadas patronais da Fiesp a avançar nas negociações com a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT em São Paulo). A Gerdau de Pinda emprega cerca de 1.700 trabalhadores na produção de laminados a aço.
Outras fábricas
Na Tenaris Confab a questão já está definida. O acordo do ano passado já garantia o reajuste da inflação e a renovação da CCT. Após ameaça de greve, foi definido também o pagamento de um abono de R$ 1.800.
Na Novelis, a empresa anunciou que irá aplicar 1,73%, mas a categoria reivindica 4% e a assinatura da convenção.