Trabalhadores da Bundy conquistam aumento no valor da PPR
Valor mínimo garantido é 42% maior do que o valor real pago no ano passado; empresa quase entrou em greve após 3 propostas rejeitadas
Após três propostas reprovadas e uma greve prestes a ocorrer, os trabalhadores da Bundy aprovaram nessa quarta-feira, dia 23, a PPR (Programa de Participação nos Resultados).
O valor total poderá chegar a R$ 2.440. A primeira parcela, de R$ 1.400, será paga no dia 8 de junho. A segunda parcela, com metas, será em janeiro.
Assim que os trabalhadores ameaçaram greve, a empresa enviou o caso para a Justiça do Trabalho para tentar cancelar a PPR, mas não conseguiu. A Justiça determinou o pagamento.
Segundo o dirigente sindical José Ivanez – Gato, a proposta discutida perante o juiz, além de manter o valor total que estava sendo negociado, deixou uma condição de pagamento que resultará em mais dinheiro para o trabalhador.
“O problema na Bundy são as metas impossíveis de atingir. Com essa proposta, quem não tiver falta, vai pegar no mínimo R$ 2.160, isso é 42% a mais do resultado final que a gente pegou no ano passado”, disse Gato.
Para o secretário geral, Luciano da Silva – Tremembé, a proposta foi definida na Justiça, mas não teria sido alcançada sem a mobilização dos trabalhadores.
“A chefia tentou até o último repetir a mesma proposta de quando estava em crise. Não conseguiu. A Justiça reconheceu a reivindicação dos trabalhadores, viu que três propostas já haviam sido reprovadas, e determinou uma nova condição. Parabéns a todos por terem mantido a união e para a comissão de PLR por terem fortalecido a negociação”, disse.
A Bundy emprega 200 trabalhadores na fabricação de peças para o setor de refrigeração.