Paralisação na Tenaris Confab discute programas para evitar demissões
Apesar do avanço na negociação, medidas foram discutidas em tom de protesto pelo Sindicato
Os trabalhadores da Tenaris Confab fizeram paralisações nessa terça-feira, dia 31, para discutir a questão do emprego nas plantas de Pindamonhangaba.
Após o término antecipado da produção da chamada obra da Zohr, um gasoduto no Egito, a empresa ficou sem previsão de nova obra e anunciou para o Sindicato dos Metalúrgicos que teria que realizar 220 demissões.
Na negociação sobre a aplicação de lay-off na unidade Tubos e de work-sharing na unidade Equipamentos, a empresa afirmou ser possível reduzir em mais de 60% o número de demissões.
Para os demitidos, a empresa também se comprometeu em antecipar uma parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de R$ 1.500,00 e pagar a diferença para o valor proporcional a que eles terão direito quando houver o fechamento da PLR, que ocorrerá no dia 30 de setembro.
Apesar do avanço na negociação, a medida ainda foi discutida em tom de protesto pelo Sindicato junto aos trabalhadores, como explica o presidente André Oliveira – Andrezão.
“Essa negociação sobre as demissões só ocorreu porque a categoria está mobilizada. Teve avanço sim, mas não podemos deixar de protestar porque se não houvesse tanta pressão por produção, tanta hora-extra nos últimos meses poderíamos ter mais um período sem essas demissões”, disse Andrezão.
Confab Equipamentos
Na Confab Equipamentos, a proposta de work-sharing já foi colocada em assembleia. Os trabalhadores aprovaram o programa de redução de jornada e salário que terá início no próximo dia 17. Todos os cerca de 250 funcionários da unidade terão redução na jornada de 5 dias por mês pelo período de 90 dias.
PLR
Apesar da falta de perspectiva que está prejudicando a manutenção dos empregos na Confab, o sindicato afirmou aos trabalhadores que a questão da PLR é outra discussão, independe da previsão de pedidos.
“A Confab produziu e produziu muito nesse período, desde setembro passado. Todo esse esforço a que os trabalhadores foram submetidos tem que ser reconhecido pela empresa. Vamos cobrar sim uma PLR justa”, disse Andrezão.