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Sindicatos somam forças contra demissões na LG

Crise da fábrica pode ter impacto em Pinda, na KTE do Brasil, do ramo químico, que é fornecedora exclusiva da marca

Diversos sindicatos estão mobilizados e somando forças na luta contra o fechamento da fábrica LG Eletronics em Taubaté.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba também enviou uma moção de apoio aos trabalhadores para a direção da fábrica, das empresas terceiras e também ao Ministério Público do Trabalho.

“A região toda sofre com o aumento do desemprego, com a falta de uma política econômica forte, que priorize a indústria nacional, assim como os outros países estão fazendo. Tudo que pudermos fazer para colaborar, contém com a gente”, disse o vice-presidente, Luciano da Silva – Tremembé.

A empresa anunciou o encerramento global da produção de celulares, linha também fabricada na unidade de Taubaté, alegando ter prejuízos na área.

A posição da LG ameaça os empregos de cerca de 700 trabalhadores na planta (400 do setor de celulares e 300 da linha de monitores e notebooks). No total, a LG conta com aproximadamente mil funcionários em Taubaté. A empresa sinalizou que o único setor mantido na cidade deve ser o de call center/service, que conta com 300 trabalhadores.

A LG pretende transferir a produção de notebooks e monitores da fábrica de Taubaté para Manaus. Segundo o presidente do Sindmetau, Claudio Batista, os representantes da empresa disseram que a linha de notebooks e monitores terá incentivos fiscais na capital do Amazonas, o que não ocorre no estado de São Paulo.

“A LG posicionou que é única e exclusivamente por conta dessa questão do ICMS. Por conta de não ter incentivos no estado de São Paulo, e em Manaus ter os incentivos”, disse Cláudio.

A fábrica chegou a entrar em greve para o Sindicato conseguir abertura de negociação com a empresa, que segue em andamento.

Já as montadoras Sun Tech, em São José dos Campos, Blue Tech e 3C, em Caçapava, que produzem os mesmos aparelhos para LG, contabilizarão mais 430 cortes. Trabalhadoras destas empresas, pertencentes à base do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (filiado à CSP-Conlutas), estão em greve desde o dia 6 de abril.

“A Sun Tech, Blue Tech e 3C operam majoritariamente com mulheres, que, na atual conjuntura, encontrariam sérias dificuldades para se recolocarem no mercado de trabalho. É, portanto, um caso emergencial e que exige medidas vigorosas”, disse o presidente Weller Gonçalves.

Pindamonhangaba também poderá sofrer impacto com a decisão da empresa. A fábrica KTE do Brasil, do ramo químico, emprega 60 funcionários na produção de componentes plásticos para os monitores da LG.

O presidente do Sindicato dos Químicos de Pindamonhangaba (filiado à Força Sindical), Sebastião de Melo Neto, afirma que tem realizado reuniões sobre o assunto.

“Estamos discutindo muito com a KTE e com os trabalhadores, a fábrica tem um contrato de exclusividade com a LG, de muitos anos. A fábrica tem buscado alternativas pra essa situação e o sindicato está atento e atuante. É uma situação preocupante para toda a nossa região”, disse.