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Sindicato assina Convenções Coletivas com a FEM-CUT/SP

Convenções já estão disponíveis no site; adicional noturno maior que a CLT e estabilidade de emprego pra vítimas de acidente de trabalho são alguns dos direitos dos metalúrgicos

Marcio Fernandes, Erick Silva e Odirley Prado

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba assinou as Convenções Coletivas de Trabalho junto à FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT). A conclusão das assinaturas ocorreu nessa quarta-feira, dia 20, na sede da Federação, em São Paulo.

O arquivo das convenções você já pode acessar (aqui neste link).

As negociações com as bancadas patronais levaram mais de quatro meses em duras reuniões após a entrega da pauta de reivindicações, no dia 29 de junho.

As propostas foram aprovadas pela categoria de Pinda em Assembleia Geral, no dia 15 de outubro.

Além do reajuste salarial igual ou superior à inflação, de 10,42%, foram renovadas importantes cláusulas sociais, que protegem e ampliam os direitos dos metalúrgicos.

Entre elas, estão as que garantem estabilidade no emprego na pré-aposentadoria ou por doença ocupacional e acidente de trabalho; auxílio-creche; licenças e adicional noturno maiores que os previstos na CLT.

Outro importante direito é a obrigatoriedade da adesão ao seguro de vida e auxílio funeral caso a empresa não possua um auxílio igual ou superior ao negociado pela Federação, sem gerar custo para o trabalhador.

Neste ano, a FEM também garantiu a inclusão de uma nova cláusula social que incentiva a contratação de metalúrgicos imunizados contra a Covid-19.

Pinda tem dois dirigentes representantes na FEM-CUT, que participaram de todas as reuniões.

Para Marcio Fernandes, dirigente pela Gerdau, assinar a convenção é consolidar a conquista da luta da categoria.

“Na porta da Gerdau falei da nossa convenção, e nas negociações tive ainda mais certeza da importância dela. Foram meses ouvindo todo dia patrão dizer que não iria pagar inflação, que tinha que mexer em alguma cláusula social. Mas com luta conseguimos, temos a Convenção, que é a proteção que abrange toda a categoria, renovada com todos os direitos”, disse.

Odirley Prado, dirigente pela Novelis, ressaltou a unidade dos sindicatos durante a campanha.

“A unidade dos 13 sindicatos, firmes na negociação, com mobilizações nas fábricas, é que conquistou esse resultado. Um grande trabalho organizado pela Federação, que tem hoje como presidente Erick Silva, que inclusive esteve aqui em Pinda nas paralisações. E ao longo da Campanha, vimos o quanto Pinda tem voz, tem força nas negociações pelas mobilizações que faz aqui nas portas de fábrica.”

Nas negociações também estiveram presentes temas como a reindustrialização do país, nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos e novas formas de contratação como home office e teletrabalho.