Trabalhadores da GV do Brasil fazem protesto de 2 horas por reajuste de salário
Os trabalhadores da fábrica GV do Brasil, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação de duas horas nesta quinta-feira, dia 4, pela Campanha Salarial. O protesto foi aprovado em assembleia.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa tem mantido boa produção ao longo do ano, inclusive com contratações.
De acordo com o presidente André Oliveira, várias reuniões já ocorreram e a empresa continua se recusando a pagar qualquer valor de reajuste salarial.
“É um absurdo a empresa não querer pagar nada, com o aumento de produção que ela teve este ano. Uma empresa que não investe em segurança, que toda semana tem incidente e condições precárias de trabalho. Se não houver avanço nas negociações, os protestos serão intensificados”, disse Oliveira.
O sindicato também criticou o excesso de pressão por produção, assim como o excesso de incidentes no setor de logística e o excesso de poeira no setor de aciaria.
O dirigente sindical na GV, Paceli Alves, relatou que os casos de assédio moral são frequentes na empresa.
“Outro dia o chefe mandou um caminhão descarregar o material no chão e mandou os operadores moverem esse material no braço, com a pá, sem necessidade nenhuma, só pra mostrar que manda. Olha o absurdo. Quem produz são os trabalhadores, quem come pó de ferro todo dia nessa aciaria e aguenta essa pressão são os trabalhadores. Parabéns a todos pela unidade, vamos juntos até a vitória”, disse.
O índice de inflação do período da categoria calculado pelo INPC é de 10,42%.
Em outra assembleia, os trabalhadores também reprovaram a proposta da empresa para pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
A GV do Brasil, do grupo Simec, atua no ramo do aço para construção civil e tem cerca de 430 funcionários.