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Latasa paga 100% da PLR! Veja negociação das condições de trabalho

Assembleia que aprovou PLR, em agosto de 2021 (foto Gilson Leandro)

Este mês a fábrica Latasa pagou a segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), com 100% das metas de produção.

O pagamento foi feito no dia 19 e injetou sozinho meio milhão na economia, além de um milhão que já foi injetado na primeira parcela.

A negociação da PLR teve um embate muito forte no ano passado. No mês de agosto, duas paralisações que ocorreram pra valorizar a PLR e os trabalhadores conseguiram.

No final das contas, o pagamento total chegou a R$ 5.000, o dobro do que foi pago um ano antes.

Em agosto eles receberam R$ 2.500 dentro do sistema de PLR, mais R$ 1.000 do acordo, que foi pago em formato de abono salarial, e agora, com 100% das metas atingidas o pessoal pegou mais R$ 1.500.

“Essa PLR foi um avanço muito importante, teve uma atuação muito forte dos trabalhadores, também da Comissão de PLR, e o trabalhador pode ter certeza que a meta do sindicato é sempre melhorar”, disse o presidente André Oliveira.

Comissão de PLR da Latasa

ACIDENTE

No mesmo dia do pagamento ocorreu um grave acidente na fábrica. Um trabalhador teve o pé queimado no alumínio líquido no setor de produção da planta 1.

Nessa quinta-feira, o sindicato fez novo contato com o trabalhador acidentado, ele teve que fazer um novo procedimento do tratamento com um especialista em queimaduras.

No dia do acidente acidente ele foi atendido na Santa Casa de Pindamonhangaba, no dia seguinte esteve no setor de queimados da Santa Casa em São José dos Campos e nessa quinta foi em outro especialista, mas ele afirma que está bem e que a empresa está dando assistência, a fábrica está fazendo o transporte e arcando com os cursos dos medicamentos.

Veja os detalhes das negociações na Latasa:

– PLATAFORMA DO DROSS WELL

Os trabalhadores denunciaram para o sindicato que a plataforma onde ocorreu o acidente, que fica sobre o alumínio líquido está torta, enferrujada, que é a mesma usada há muitos anos.

A direção da empresa nega, diz que a plataforma está em condições normais de trabalho.

O Sindicato insiste na versão dos trabalhadores e continua cobrando medidas da empresa para esse setor.

– VEÍCULO PARA RESGATE

O sindicato criticou a falta de veículo disponível na Latasa pra fazer o transporte do acidentado, e assim a fábrica ter emprestado veículo da terceira Trilog.

A empresa afirma que a Trilog é uma empresa do grupo e que o grupo deixa dois veículos disponíveis para casos de acidentes, quando o da Latasa não está, é utilizado o da Trilog.

Existe uma discussão técnica sobre isso, sobre a necessidade da empresa ter um veículo em cada planta, sobre a necessidade de ter um plantão ambulatorial na fábrica. O sindicato vai aprofundar essa discussão com a empresa.

– PRENSA

O sindicato reclamou do galpão da prensa, que está com muitas goteiras, inclusive em cima de painel elétrico e muito vazamento de óleo, que se mistura com as poças da chuva e provoca risco de acidente.

Esse problema a empresa reconhece e diz que toda a máquina da prensa será trocada, mas ainda não informou prazo.

– DESVIO DE FUNÇÃO

Uma reivindicação recorrente na Latasa é sobre os desvios de função que ocorrem na empresa, principalmente com os operadores de processo que acabam fazendo função de forneio no setor onde ocorreu o acidente.

Algumas promoções já ocorreram, a empresa afirma que tem buscado corrigir isso e o sindicato tem sido bastante insistente nessa questão.

OUTRAS RECLAMAÇÕES

Álcool em gel: O sindicato havia reclamado da falta de álcool em gel na produção. A empresa corrigiu.

Transporte: O sindicato havia reclamado do corte de duas vans, que superlotou os veículos, o que é perigoso principalmente com o avanço da pandemia. A empresa corrigiu.

Refeitório: Outra reclamação dos trabalhadores era sobre a máquina de suco do refeitório, que estava quebrada, e foi consertada.