Pauta da Campanha Salarial é entregue aos patrões
A FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), juntamente com os sindicatos filiados, realizou a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2022 para as bancadas patronais, na última sexta-feira, dia 3 de junho.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba esteve presente com o presidente André Oliveira, o secretário de finanças Luciano da Silva, e o dirigente Marcio Fernandes, membro da FEM-CUT/SP.
As pautas foram entregues para 10 grupos patronais, nas sedes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e também do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, ressaltou a presença de todos os 13 sindicatos filiados, que abrangem cerca de 200 mil metalúrgicos em todo o Estado de São Paulo.
“É muito importante ter todos os sindicatos representados aqui, mostrando a unidade da Federação em torno da consecução desse grande objetivo que são as convenções coletivas”, disse.
Erick também parabenizou a categoria de Pindamonhangaba.
“Um sindicato que é uma referência de mobilização no estado, respeitado por todos nossos 13 sindicatos. Obrigado Andrezão por estar com a gente, obrigado ao Marcinho e ao Odirley pelo trabalho como dirigentes da FEM e a toda a direção. Vamos pra frente, pra ter uma vitória expressiva nesse ano tão importante e decisivo para os trabalhadores”.
Em oito meses, a data-base dos metalúrgicos já acumula 8,66% de perdas com a inflação, faltando ainda 4 meses para o fechamento do índice oficial que é utilizado como parâmetro na negociação.
O presidente André Oliveira ressaltou a importância das mobilizações que já têm sido realizadas nas portas de fábricas, como as que ocorreram na Gerdau e na Latasa, e chamou a categoria para manter a unidade.
“A inflação vai passar de 2 dígitos, então tem chance da patronal querer descontar toda essa crise, aumento de combustível, aumento de matéria-prima nas costas dos trabalhadores. Precisamos mobilizar a base, que os trabalhadores entendam esse momento. Com certeza, com a união dos sindicatos, com a Federação nos respaldando, vamos sair vitoriosos de mais essa luta.”
Nos grupos que abrangem a maioria das fábricas de Pinda será pauta cheia. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) perde a vigência neste ano, portanto, além da questão econômica, será debatida a renovação das cláusulas sociais.
É o caso do Grupo 8.2 (trefilação e laminação de metais ferrosos e de esquadrias e construções metálicas), Grupo 8.3 (de ferros, metais e ferramentas em geral, de artefatos de metais não ferrosos e de equipamentos ferroviários e rodoviários), Grupo 2 (máquinas, equipamentos elétricos e eletroeletrônicos), Siniem (Estamparia de Metais), Sindifupi (funilarias e pintura), Grupo 10 (pequenas e micro empresas de manutenção industriais; mecânica; material bélico; entre outros) e Aeroespacial (construção de aeronaves, equipamentos gerais aeroespaciais e aeropeças).
Já nas bancadas do Grupo 3 (peças, parafusos e forjarias), Sifesp (fundição), Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento do ar) e Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos) as cláusulas sociais estão garantidas até 31 de agosto de 2023 e serão discutidas apenas as questões econômicas.
Slogan da Campanha Salarial 2022:
“Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”
Eixos:
- Reposição da Inflação;
- Aumento Real;
- Valorização dos Pisos;
- Valorização da CCT;
- Manutenção dos Direitos;
- Reindustrialização do País.