FEM-CUT/SP entrega comunicados de greve para todas as bancadas patronais
Os metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP poderão entrar em greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira, 18, em todo o Estado. A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP) entregou na segunda-feira, dia 16, aos representantes das seis bancadas patronais (abaixo lista) comunicados de greve, que informam que a partir de 48horas da data de entrega do comunicado, os sindicatos metalúrgicos filiados poderão suspender a produção a qualquer momento.
“Todos os nossos sindicatos realizaram assembleias que aprovaram o ‘estado de greve’. Agora, com os comunicados as paralisações acontecerão dentro do prazo legal. As negociações com os setores patronais continuam. Estamos abertos ao diálogo, mas só aceitaremos propostas econômicas que atendam à categoria metalúrgica”, informa o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro Biro.
A FEM continua a rodada de negociação com a bancada patronal do Grupo 3 na quinta-feira, 10h, na sede do Sindipeças. Já os demais grupos patronais ainda não há agendas, mas o processo de negociação continua. As rodadas com as bancadas iniciaram em agosto.
Propostas reprovadas pela FEM-CUT/SP
A FEM reprovou as seguintes propostas de reajustes salariais patronais:
Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos)
O G3 ofereceu aumento salarial de 6,8% (reposição integral da inflação do período da data-base da categoria metalúrgica, 1º de setembro, 6,07% e 0,69% de aumento real).
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros) e Estamparia
O G8 e a Estamparia propuseram o pagamento imediato do INPC e 1,5% de aumento real em janeiro de 2014.
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
O G2 propôs um acordo pelo período de dois anos que ficaria: INPC neste ano e 0,5% de aumento real em março do ano que vem e INPC mais 0,5% em março de 2015.
Grupo 10 (que reúne os setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
A bancada ofereceu aumento salarial de 6,5%, também reprovada pela Federação.
Principais reivindicações da FEM-CUT/SP
As principais reivindicações são a reposição integral da inflação, o aumento real no salário, a valorização nos pisos salariais, a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário e a ampliação e unificação de direitos em Convenção Coletiva de Trabalho.
A Campanha Salarial da FEM tem pauta cheia, ou seja, serão negociados com os patrões a renovação, a melhoria e a ampliação das cláusulas econômicas (aumento salarial e pisos) e sociais.
Confira a abaixo os setores metalúrgicos da base da FEM em Campanha:
Data-base: 1º de setembro
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:75.500
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51 mil
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)
Total: 36 mil
Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 35 mil
Estamparia
Total: 4.000
Fundição
Total: 4.000
Total: 205,5 mil metalúrgicos em Campanha
Fonte: Assessoria de Comunicação FEM-CUT/SP, por Viviane Barbosa