Trabalhadores da Martifer aprovam dissídio, abono e a primeira PLR
Após paralisação, os trabalhadores da Martifer aprovaram na sexta-feira, dia 27 de setembro, a proposta da campanha salarial.
Além do aumento salarial de 8% (6,07% da inflação acumulada no período + 1,82% de aumento real), os trabalhadores conquistaram um abono salarial e pela primeira vez, um pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
A PLR é proporcional ao tempo em que foi implantada, em janeiro deste ano. Assim, quem trabalhou o período inteiro recebeu o equivalente a nove meses. O pagamento ocorreu no dia 30.
No dia 25 a categoria fez uma paralisação no turno da tarde. Os trabalhadores reprovaram a proposta e aprovaram a entrega do comunicado de greve. Rapidamente, a empresa chamou o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT para negociar uma nova proposta, a fim de evitar a greve.
O secretário geral, Herivelto Moraes, “Vela”, parabenizou os trabalhadores pela união. “Com a mobilização dos trabalhadores conseguimos um bom acordo e pela primeira vez os trabalhadores da Martifer irão receber PLR. Também insistimos para já definir a formação da Comissão de PLR e formato para a PLR de 2014. Os trabalhadores estão de parabéns para união nessa campanha salarial”, disse Vela.
Outras pautas
O comunicado de greve entregue à empresa apontava outras questões além do aumento de salário. Após a mobilização, a direção da empresa se comprometeu em construir um refeitório e um vestiário com capacidade para 450 pessoas, com prazo final para setembro de 2014.
Além disso, também foi conquistada a distribuição de café aos trabalhadores, que será feito a partir da segunda quinzena de outubro, e a implantação do Plano de Saúde para dependentes. Antes não havia nenhuma cobertura para os dependentes, agora a empresa irá custear 25% do valor do plano para eles.
A empresa também aceitou negociar compensações para folgas em dias pontes no final do ano.
Jornada
Também ficou definida a regulamentação da jornada de trabalho, com respeito às 44 horas semanais. A empresa chegou a receber um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) do Ministério Público do Trabalho por excesso de horas-extras. Por isso, foi necessário implantar o horário de 6×1 para todos da produção.