Reajuste Salarial na base FEM injetará R$ 907,8 milhões na economia paulista
O dado foi divulgado nesta quarta-feira, dia 30, pela Subseção do DIEESE da Federação e CNM/CUT.
O aumento salarial dos metalúrgicos da FEM-CUT/SP injetará na economia cerca de R$ 907,8 milhões nos 47 municípios da base da entidade no Estado, um crescimento de 22% neste ano, em comparação a 2012. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, dia 30, pela Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) da FEM-CUT/SP e CNM/CUT.
Segundo o economista e autor do estudo, André Cardoso, este montante (R$ 907,8 milhões) foi decorrente dos reajustes salariais conquistados em 2013 de 8,0% para todos os grupos de negociação, incluindo as montadoras, que beneficiaram 259 mil metalúrgicos no Estado. “No ano passado, o volume foi de R$ 744 milhões e o total de trabalhadores contemplados foi de 205 mil. Neste ano, observa-se que os trabalhadores em montadoras são responsáveis por 32,0%, ou R$ 290 milhões, do montante que será injetado em decorrência da Campanha Salarial”, explica.
Na sequência vêm os trabalhadores em empresas do Grupo 2 (eletroeletrônico e máquinas/ equipamentos) que respondem por 26,9%, ou R$ 244 milhões, do montante e o Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) por 17,2%, ou R$ 158 milhões.
Cardoso explica que o volume maior registrado neste ano deve-se ao fato de o G3 ter voltado a assinar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a FEM. “No ano passado, este foi o único grupo patronal que não assinou a CCT, por isso, o impacto do reajuste em 2012 foi menor em comparação a este ano, bem como o total de metalúrgicos beneficiados”, analisa.
Contribuição ao Estado e direitos
O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro Biro, vê com otimismo os dados divulgados pela Subseção do DIEESE. “Demos a nossa contribuição à economia no Estado de São Paulo e ao País. Construímos excelentes acordos com as bancadas patronais, graças à muita luta e mobilização da categoria metalúrgica”, ressalta.
Outro aspecto lembrado pelo presidente da FEM foi o avanço em vários direitos sociais, principalmente, para as mulheres metalúrgicas. “Conquistamos importantes garantias para as trabalhadoras. Nós precisamos construir um ambiente favorável para a participação feminina no mundo do trabalho metalúrgico. Esta participação só será conquistada com garantias para as mulheres que cumprem geralmente a dupla jornada: no trabalho e em casa”, concluiu.
Sindicatos metalúrgicos que compõem a base FEM-CUT/SP
STIM ABC
STIM Araraquara
STIM Bauru
STIM Cajamar
STIM Itu
STIM Matão
STIM Monte Alto
STIM Pindamonhangaba
STIM Salto
STIM São Carlos
STIM Sorocaba
STIM Itaquaquecetuba
STIM Taubaté