21 de março: Dia mundial de combate ao racismo
No dia 21 de março comemora-se o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), relembra o ano de 1960, na cidade de Shaperville, na África do Sul, quando as forças de repressão do Apartheid atacaram com rajadas de metralhadora cerca de 20 mil pessoas participavam de uma manifestação pacífica organizada pelo Congresso Pan-Africano. Sessenta e nove manifestantes foram assassinados e cerca de 180 ficaram feridos.
O diretor do Departamento de Promoção da Igualdade Racial do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT, José Carlos dos Santos, convida toda a população para participar da Conferência Municipal sobre Discriminação Racial, que será realizada nesta sexta-feira, dia 21, no auditório da Prefeitura de Pinda, das 18h às 20h.
Para ele, a luta contra a discriminação e o preconceito deve ser constante. “Se a gente não lutar, nada vai mudar. A gente tem que lutar pra mostrar para a sociedade que a cor da pele não pode influenciar negativamente em nada”, disse.
CUT-São Paulo – No dia 21, a Secretaria Estadual de Combate ao Racismo da CUT São Paulo, a SOS Racismo e outras entidades promovem o Ato “Madiba Vive”, em homenagem a Nelson Mandela, às 18h, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
O herói Madiba, como era chamado, morreu no dia 5 de dezembro de 2013. A morte mexeu com o continente africano e o mundo. Preso político, ele movimentou a população da África do Sul para lutar contra o regime o Apartheid, modelo de segregação racial imposto desde 1948, que separava grupos étnicos em regiões residenciais distintas e de forma violenta. Como líder, chegou à presidência do país em 1994.
Pesquisa. Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), de janeiro a setembro de 2013, apontam que 240 pessoas foram mortas no estado em decorrência de confronto com a Polícia Militar em serviço. De acordo com o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, as chances de um adolescente negro ser vítima de homicídio são 3,7 vezes maiores dos que as de um adolescente branco.
Com informações da CUT São Paulo.