Sindicato dos Metalúrgicos conquista 10ª reintegração com ordem judicial
Direção da Incomisa foi obrigada pela Justiça do Trabalho a recontratar um cipeiro demitido em março
Nessa sexta-feira, dia 25, um funcionário foi reintegrado na Incomisa com decisão da Justiça do Trabalho a uma ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT. Essa foi a 10ª reintegração com ordem judicial conquistada pelo sindicato desde o início deste mandato, em julho de 2012.
Com quatro anos de empresa, Silvio Henrique Valério, o “Rincão”, havia sido dispensado em março mesmo tendo estabilidade de emprego garantida pela Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
“Eu me senti constrangido (pela demissão). Fiz vários trabalhos dentro da empresa e ainda fui demitido quando estava de atestado médico. Alegaram redução de custo, mas no mesmo dia estavam contratando mais cinco funcionários. Questionei sobre a minha estabilidade, só disseram que era uma decisão da empresa. O dia de hoje é uma vitória, minha e do sindicato”, disse Rincão.
O dirigente sindical da Incomisa, André Luis Dantis, parabenizou o trabalhador por ter buscado seus direitos e criticou a intransigência da empresa. “O ideal seria que esse erro não fosse cometido, mas o sindicato está aqui para defender o trabalhador sempre que for necessário. Esperamos que a direção da Incomisa atue com mais responsabilidade.”
10ª reintegração
Segundo o advogado trabalhista Alison Montoani, responsável pelo Departamento Jurídico do sindicato, a decisão da Justiça para o caso de Rincão foi relativamente rápida. A demissão ocorreu no dia 21 de março, ou seja, cerca de um mês.
Segundo ele, desde 2012, essa é a 10ª reintegração com determinação judicial conquistada nas fábricas metalúrgicas de Pinda. “Não existe nada fácil, as empresas têm se mostrado de forma abrupta na relação capital e trabalho, mas graças ao empenho do sindicato temos conseguido bons resultados.”
O secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato, Célio da Silva, o “Celinho”, parabenizou os advogados trabalhistas pela eficiência e também citou as reintegrações que ocorrem politicamente nas fábricas. “Quando o sindicato identifica uma demissão irregular, já cobra da chefia da empresa que reavalie a decisão. O problema é que muitas vezes as empresas sabem que estão erradas e preferem pagar pra ver”, disse Celinho.