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“Nossa unidade é fundamental para conquistarmos acordos vitoriosos”, afirma presidente da FEM-CUT/SP

No destaque, Valmir Marques, presidente da FEM (Crédito: Adonis Guerra)
No destaque, Valmir Marques, presidente da FEM (Crédito: Adonis Guerra)

Dirigentes dos 14 sindicatos metalúrgicos debateram em reunião da Direção Plena da FEM, realizada na quarta-feira (2) na sede da entidade em São Bernardo do Campo, a Campanha Salarial do ramo. A data-base é 1º de setembro e estão em Campanha 215 mil metalúrgicos no Estado. Neste ano só serão negociadas as cláusulas econômicas; as sociais têm validade de dois anos e estão em vigor até 31 de agosto de 2015.

O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro, informou que as seis bancadas patronais (abaixo relação) não deram retorno para iniciar as negociações. A Federação entregou as pautas de reivindicações em 16 de junho. “Nunca enfrentamos conjunturas favoráveis nas nossas Campanhas. Nós metalúrgicos sabemos fazer a luta e a nossa unidade será fundamental para conquistarmos acordos vitoriosos para toda a categoria”, frisa.

 

Ganho real e licença maternidade

Biro-Biro também destacou que a FEM e os 14 sindicatos metalúrgicos filiados farão uma Campanha Salarial articulada e realizarão mobilizações nas bases para que as bancadas patronais atendam às expectativas da categoria. “20 negociações do setor metalúrgico fechadas até maio no Brasil obtiveram ganhos reais. O governo anunciou medidas de incentivo à indústria que ajudarão a aquecer os setores e isso terá reflexos positivos neste segundo semestre. Portanto, lutaremos por um aumento real justo”, conta Biro.

Outra reivindicação da FEM-CUT/SP é a Licença Maternidade de 180 dias. Hoje, a maioria dos grupos patronais já concede este direito na base da Federação, com exceção do Grupo 8 e Estamparia, cuja cláusula é facultativa e no G10 são apenas 150 dias. “Queremos que estes setores unifiquem e concedam os 180 dias como um direito pleno da mulher metalúrgica”, finaliza.

 

Pauta do G3

Biro-Biro também falou sobre a pauta entregue pela bancada patronal do Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos) que pedia a mudança da data-base, que hoje é 1º de setembro, para 1º de março. “Consultamos os nossos sindicatos e eles não concordam em fazer essa mudança”, conta.

 

Pautas de reivindicações da FEM-CUT/SP

Reposição dos salários pelo índice integral da inflação;

Aumento real de salário;

Valorização dos pisos;

Licença Maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras;

Redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução no salário.

 

Base FEM-CUT/SP em Campanha

A data-base da categoria é 1º de setembro e estarão em Campanha cerca de 215 mil metalúrgicos, de um total de 251 mil na base da FEM no Estado. Neste ano só serão negociadas as cláusulas econômicas, as sociais têm validade de dois anos e estão em vigor até 31 de agosto de 2015.

 

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)

Total:89,139 mil

 

Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)

Total: 51,531 mil

 

Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)

Total: 41,872 mil

 

Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)

Total: 23,825 mil

 

Estamparia

Total: 5,337 mil

 

Fundição

Total: 3,941 mil

 

Total: 215, 645 mil metalúrgicos em Campanha Lembrando que a FEM-CUT/SP representa 251 mil metalúrgicos na base (neste dado estão incluídos os setores aeroespacial e montadoras)

Fonte dos dados: Subseção do Dieese da FEM-CNM/CUT

 

Fonte: Viviane Barbosa, da Redação da FEM-CUT/SP