Trabalhadores do administrativo da Gerdau fazem seu primeiro protesto
Os trabalhadores do setor administrativo da Gerdau realizaram na manhã dessa terça-feira, dia 22, sua primeira paralisação, que cobrou mais transparência da direção da empresa.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT, o atraso de turno cobrou, entre outras medidas, a abertura de negociação da Campanha Salarial do Grupo 8 e mais transparência no PAD (Programa de Avaliação de Desempenho), um formato diferente que a Gerdau criou para pagar a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aos trabalhadores ligados ao setor administrativo.
Diferente dos demais funcionários, aqueles que recebem pelo PAD tem o valor mais atrelado ao lucro da empresa. 60% dele está vinculado ao Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).
O problema é que os valores atingidos não são informados aos trabalhadores. “Não há nenhum acompanhamento e a empresa não explica sequer a regra para definir quem é PAD e quem não é. Há boatos de que o valor seja zero, mas a direção da Gerdau de Pinda nem se pronuncia. Queremos transparência”, disse o secretário geral Herivelto Moraes – “Vela”, sindicalista na Gerdau.
Eleita neste mandato, a metalúrgica Maria Madalena dos Santos, é trabalhadora do setor administrativo e dirigente sindical na Gerdau. “Todo trabalhador sofre pressão do patrão, seja do chão de fábrica ou do escritório. Por isso o sindicato está aqui para brigar pelos direitos da categoria”, disse Madalena.
A mobilização também contou com apoio de vários sindicatos da região: Metalúrgicos de Taubaté, Condutores do Vale do Paraíba, Construção Civil de Taubaté e Região, Servidores de Aparecida e de Cachoeira Paulista, e do Sindicato dos Empregados Autônomos do Comércio de São José dos Campos e Região.