Patrão apresenta proposta indecente de PLR na Alutent
Os trabalhadores da Alutent fizeram nessa sexta-feira, dia 25, uma paralisação em protesto à intransigência da direção da empresa em melhorar a proposta da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que está em R$ 200, e também pela Campanha Salarial.
Quando o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT iniciou a negociação com a direção da fábrica, a empresa determinou férias coletivas e alegava baixa da produção.
De acordo com Carlos Alberto Barbosa, o “Betinho”, dirigente sindical na Alutent, o nível de produção está bom, inclusive com excesso de horas-extras, e mesmo assim a empresa insiste em dizer que está em dificuldade financeira.
“O dono tenta de tudo para enganar o pessoal. Até mostrar uma ata de reunião dizendo que era acordo com o sindicato ele fez. É um absurdo ele apresentar duzentos reais de PLR”, disse Betinho.
Para o vice-presidente do sindicato, Romeu Martins, que tem participado das negociações, a postura da empresa reforça a importância da mobilização. “O patrão tem medo da mobilização dos trabalhadores e faz de tudo pra que ela não ocorra, só que deu mais um tiro no pé. Quanto mais ele faz essas coisas, mais a categoria vai brigar pelos seus direitos. Os trabalhadores merecem seu reconhecimento”, disse Romeu.
Ainda no mesmo dia que ocorreu o atraso de turno, a direção da Alutent entrou em contato com o sindicato para agendar nova reunião sobre a PLR.
O atraso de turno também foi realizado para pressionar a bancada patronal do Grupo 8 a abrir rodada de negociação da Campanha Salarial.
A Alutent emprega cerca de 50 trabalhadores na fabricação de estruturas modulares, no bairro Socorro, em Pinda.