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Direção da Gerdau favorece Unimed com cancelamento do Saúde Bradesco

Protestos ocorreram na portaria da Gerdau e também no Senai, onde funcionários foram convocados para assinar um termo de aceitação

Paralisação dos trabalhadores da Gerdau, que reprovaram atitude da empresa em assembleia (foto Benedito Irineu)
Paralisação dos trabalhadores da Gerdau, que reprovaram atitude da empresa em assembleia (foto Benedito Irineu)

Os trabalhadores da Gerdau fizeram uma paralisação nessa segunda-feira, dia 8, e reprovaram em assembleia a decisão da empresa de cancelar o convênio médico Saúde Bradesco, tornando obrigatória a troca pela Unimed. A medida atinge cerca de 1.500 dos 1.800 funcionários da fábrica.

Assim que a empresa comunicou os funcionários da decisão, há duas semanas, o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT recebeu várias reclamações, principalmente daqueles que já estão fazendo tratamento médico. A medida passa a valer em 1º de julho.

Há três anos, a direção da Gerdau determinou que os trabalhadores escolhessem apenas um dos convênios médicos. Na época, muitos reclamavam da demora de atendimento pela Unimed e mais de 85% optou por ficar com o Saúde Bradesco. Em janeiro deste ano, a Santa Casa de Misericórdia de Pindamonhangaba cancelou o atendimento pelo Saúde Bradesco, alegando ‘pendências’ com o convênio. Desde então, o serviço de pronto atendimento pelo Bradesco no hospital mais próximo passou a ser no Hospital Regional, em Taubaté. Quando questionada pelo sindicato, a direção da Gerdau alegou que esse problema com a Santa Casa foi o que motivou o cancelamento do convênio.

Protesto dos trabalhadores na porta do Senai; ninguém participou da reunião convocada pela Gerdau (foto Benedito Irineu)
Protesto dos trabalhadores na porta do Senai; ninguém participou da reunião convocada pela Gerdau (foto Benedito Irineu)

Ainda nessa segunda-feira, um protesto foi feito na portaria do Senai de Pinda. Segundo o sindicato, a direção da Gerdau convocou funcionários afastados para irem até lá assinar um termo de aceitação da troca do convênio. Tanto os trabalhadores afastados por doença do trabalho quanto os que estão em lay-off reprovaram a decisão em assembleia e foram embora sem participar da reunião.

A direção do sindicato também avalia as medidas jurídicas que podem ser tomadas a respeito.