Blogueira Maria Frô debate democratização da mídia com metalúrgicos da CUT
Pinda participou do encontro que reuniu os Coletivos Nacionais de Formação, Saúde, Igualdade Racial, Juventude e Mulheres da CNM/CUT, em Cajamar (SP)
“O discurso do ódio como ameaça à democracia e as estratégias da esquerda para o seu enfrentamento”. Esse foi um dos temas de discussão do encontro dos Coletivos Nacionais de Mulheres, Igualdade Racial, Formação, Juventude e Saúde da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT).
O debate, que aconteceu nesta terça-feira, dia 2, foi conduzido pela professora, historiadora e blogueira Conceição Oliveira, conhecida como Maria Frô. O encontro, de três dias, terminou na quinta, dia 4.
O sindicalista de Pindamonhangaba e também secretário de Saúde da FEM-CUT/SP, Marcelo – Pepeo, participou do encontro.
A atividade reuniu um grupo de 60 pessoas, composto por representantes das federações e sindicatos de bases estaduais, no Instituto Cajamar (SP). No primeiro dia, os Coletivos se uniram num único encontro e nos demais cada Coletivo fez sua atividade própria.
Durante a palestra, a blogueira destacou a importância da adesão dos trabalhadores para a campanha de democratização da comunicação. “Atualmente, o Brasil tem uma mídia que não dá voz aos trabalhadores e aos movimentos sociais. Precisamos entender que a disputa do projeto político passa pela comunicação. É importante que os Sindicatos e Confederações entrem nesta disputa. Não podemos aceitar que nossas bandeiras de luta não sejam transmitidas pela mídia, que sempre aborta as matérias de nosso interesse e só leva em conta o ponto de vista do patrão”, avaliou.
Para Frô, a comunicação, a cultura e a formação formam um tripé essencial para fortalecer a luta por um projeto político mais igualitário. “Precisamos resgatar a nossa história. O Brasil passou por uma longa história de desigualdades e não podemos esquecer daqueles que lutaram para que estivéssemos vivendo numa democracia. Esse tripé é fundamental para que todos conheçam esta história de repressão e do quanto conquistamos nos últimos 13 anos”, alertou.
A blogueira também alertou para tentativa da mídia e da direita brasileira para desconstruir a imagem do ex-presidente e metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. “É um ódio de classe contra Lula, porque até agora não aceitam que um trabalhador esteja na presidência de um país. A mídia tenta o tempo todo desqualificar as ações políticas do ex-presidente, que tirou milhões de brasileiros da pobreza e deu acesso aos pobres e negros para frequentarem espaços que antes eram dominados pela elite”, afirmou.
“A história de luta dos metalúrgicos precisa ser sempre resgatada e lembrada. Lula (como presidente) mudou a história de um país elitista, que até hoje não aceita a ascensão dos pobres. Não podemos deixar que o povo esqueça das desigualdades sociais e de como o trabalhador era tratado antes de 2003”, completou o secretário geral em exercício da CNM, Loricardo Oliveira, que acompanha a atividade em Cajamar.
(Fonte: Shayane Servilha – Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)