PPR da Bundy será discutido na Justiça
Trabalhadores reprovam proposta da empresa de “esquecer” o que já foi produzido; em seguida, outra assembleia aprovou o PPE
Os trabalhadores da Bundy aprovaram em assembleia na tarde dessa quarta-feira, dia 29, a instauração de dissídio coletivo para a negociação do PPR (Programa de Participação nos Resultados), o que significa que a questão será discutida na Justiça do Trabalho.
Mesmo após várias reivindicações do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT, este ano não houve nenhuma reunião oficial do assunto, pois a direção da empresa foi omissa até mesmo na organização da eleição da comissão de PPR.
A categoria recusou a proposta da empresa para desconsiderar o resultado do primeiro semestre, com uma nova contagem a partir de julho, e aprovou que o caso seja encaminhado para a Justiça do Trabalho.
Em seguida, os trabalhadores aprovaram em assembleia a adesão da empresa ao PPE – Programa de Proteção ao Emprego. O programa será aplicado apenas em um setor da produção, chamado RollBond, e no setor administrativo. Ao total, irá envolver 75 dos cerca de 250 funcionários. As reduções de salário vão de 6% a 14% e correspondem à metade do que haverá de redução na jornada. A previsão para início do programa é 1º de agosto.
Para o dirigente sindical José Ivanez, o “Gato”, a medida é positiva. “Poderia ter feito antes, mas pelo menos agora esses trabalhadores estão com emprego garantido no PPE. O que também não quer dizer que deixaremos enfraquecer as demais negociações. A empresa vem empurrando a discussão do PPR há meses e hoje o trabalhador deu um basta. Há indicadores favoráveis e mesmo assim a empresa se recusa a pagar”, disse.
A Bundy fabrica peças para o setor de refrigeração, a chamada Linha Branca.