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Câmara aprova inclusão da Semana da Liberdade no calendário de Pinda

Ao microfone, o secretário de Comunicação, Benedito Irineu; ao fundo, Palazzi, Bosco, Rosana, professora Edna e José Carlos
Ao microfone, o secretário de Comunicação, Benedito Irineu; ao fundo, Palazzi, Bosco, Rosana, professora Edna e José Carlos

Após intensa programação, a Semana da Liberdade teve seu encerramento com uma importante medida. O evento que comemorou os 125 anos da abolição da escravatura virou projeto de lei e sua inclusão no calendário oficial de Pindamonhangaba foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, dia 13, dia em que foi assinada a Lei Áurea.

A Semana da Liberdade foi realizada entre os dias 6 e 13 pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Pinda, por meio de seu departamento de Promoção da Igualdade Racial, em parceria com a CUT São Paulo e a Prefeitura.

Para o presidente da Câmara Municipal de Pinda, vereador Ricardo Piorino, autor do projeto de lei, a proposta veio no momento exato. “Nós acompanhamos toda a luta do sindicato para comemorar a assinatura da Lei Áurea. Fiquei muito feliz, foi aprovado e em 2014 já poderemos contar com uma sessão solene dedicada para a data.”

Para o secretário de Comunicação do sindicato, Benedito Sérgio Irineu, idealizador do projeto Semana da Liberdade, a aprovação do projeto de lei é motivo de orgulho e alegria. “A gente percebeu, tanto nas escolas quanto nas portas de fábrica e no ato público na praça, que as pessoas realmente se sensibilizaram com o discurso que fizemos. Isso é importantíssimo pra nós. Demos o primeiro passo na direção daquilo que a sociedade quer, que é a igualdade de oportunidades.”

A presidente do Conselho Municipal de Políticas de Combate ao Racismo, professora Edna, também esteve presente. Logo em seguida à Sessão Ordinária, um breve ato foi realizado e o projeto de lei segue agora para sanção do prefeito.

A Semana da Liberdade também se fortalece com uma resolução aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas) propondo o período de 2013 a 2022 como a Década do Afrodescendente, com o objetivo de aprofundar o debate sobre os direitos da população negra e contra o racismo e a discriminação racial.

 

Membros do sindicato, representantes da CUT e vereadores durante ato em comemoração à abolição da escravatura
Membros do sindicato, representantes da CUT e vereadores durante ato em comemoração à abolição da escravatura

Outro olhar. A secretária estadual de Combate a Discriminação Racial da CUT/SP, Rosana Aparecida da Silva, também comemorou a aprovação do projeto de lei. “De todo o processo, nós fechamos a Semana com chave de ouro. A proposta era desconstruir essa questão da abolição da escravidão que diz apenas que os negros foram libertados, e quando você faz palestras, discute com a juventude, faz aquele olhar de que hoje nós não temos negros trabalhando nos shoppings e na televisão, nós estamos mostrando uma forma de discutir o racismo de fato e as políticas para combater essa discriminação racial.”

 

O deputado federal Vicentinho do PT, durante palestra no auditório da Prefeitura de Pinda
O deputado federal Vicentinho do PT, durante palestra no auditório da Prefeitura de Pinda

Vicentinho. Ainda nessa segunda, no auditório da Prefeitura foi realizada uma palestra do deputado federal Vicentinho do PT, que classificou o combate ao racismo como uma ‘luta constante’. “Criança não nasce com preconceito, mas cresce imaginando que a cor da pele negra é inferior. Isso é resquício da escravidão, mas também tem muita gente desejando que continue assim, porque assim é mais fácil manipular, mais fácil de enganar, e é por isso que tem essa luta intensa do movimento negro, dos movimentos sindicais e das igrejas.”

Vicentinho também lembrou que 2013 é o ano em que se comemora os 30 anos dos agentes de pastorais negros. Também é o ano em que se comemora os dez anos da criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).