Congresso da CUT-SP reafirma agenda de luta da central
Entidade reforça que não negocia com governo ilegítimo
Após dois dias de debates democráticos sobre os desafios da Central diante dos ataques à classe trabalhadora como a Reforma Trabalhista e a perseguição contra o ex-presidente Lula, a CUT-SP encerrou no sábado, dia 22, sua 15ª Plenária Estatutária – Congresso Estadual Extraordinário e Único.
A sindicalista Maria Auxiliadora esteve lá representando o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba.
O presidente da CUT-SP, o professor Douglas Izzo, afirmou que o momento é um dos mais difíceis para a classe trabalhadora, mas que o cenário tem fortalecido a unidade entre as categorias. “É importante frisar que ao longo desse período, a nossa Central teve uma posição muito clara contra as reformas apresentadas pelo governo. Nós não negociamos com golpistas e acreditamos na luta.”
Durante o Congresso, além de análises conjunturais que avaliaram o contexto de ataques, os participantes apontaram a necessidade de o movimento sindical elaborar novas estratégias de lutas.
Projeto Popular
Diversas moções foram aprovadas, dentre elas a que repudia a privatização do estado e da cidade de São Paulo, promovida pelos governos tucanos de Geraldo Alckmin e João Doria, e a que defende a candidatura do ex-presidente Lula em 2018.
Douglas apontou que a Central deve buscar a construção de uma alternativa nas eleições de 2018. “Temos que construir um projeto popular para o estado de São Paulo, articulado com os movimentos populares e partidos de esquerda, para propor uma alternativa para esse estado conservador que, há muitos anos, não apresenta uma política que atenda de fato a população trabalhadora.”
Próxima etapa
Das discussões do encontro, foram eleitos os delegados e as delegadas e elaborado um caderno de teses que será debatido no Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores, que ocorrerá em agosto na cidade de São Paulo.
O evento também homenageou dois dirigentes da entidade, que faleceram neste ano: Sebastião Cardozo, vice-presidente (cujo cargo foi recomposto pelo bancário Valdir Fernandes, o Tafarel); e Jaime Izidoro, coordenador da subsede da CUT-SP em Araçatuba.
100 anos
Além de aprofundar o debate sobre os impactos da inovação tecnológica no mundo do trabalho, a Plenária dedicou parte da programação à reflexão acerca das comemorações dos 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil, justamente em um momento de profundos retrocessos nos direitos trabalhistas e sociais.
Com informações de Rafael Silva – CUT São Paulo