Campanha Salarial tem as primeiras rodadas de negociação
FEM-CUT/SP iniciou debates com o Sicetel e o setor de autopeças
Nessa semana ocorreram as primeiras rodadas de negociação da Campanha Salarial 2017: Resistência, Unidade e Luta, realizada entre a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo) e os sindicatos patronais.
No dia 1º de agosto o debate iniciou com Grupo 3 (autopeças). No dia 2 a reunião foi com representantes do Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos).
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba participou por meio do secretário geral Luciano da Silva – Tremembé e o dirigente da Gerdau, Marcio Fernandes. Além da Gerdau, o Sicetel representa outras fábricas de Pinda, como a GV do Brasil e a Novametal.
O secretário geral da FEM-CUT/SP, Adilson Faustino – Carpinha, relembrou o que foi referendado na Plenária Estatutária, em junho: “Nosso compromisso nesta campanha é garantir que nenhum direito seja tirado de nós e também barrar os efeitos das barbaridades aprovadas no Congresso Nacional”, disse.
A bancada dos trabalhadores apresentou um plano de trabalho que organiza cada rodada de negociação. Inicialmente serão debatidas as cláusulas pré-existentes. Os trabalhadores reivindicam que estas cláusulas sejam aperfeiçoadas e renovadas por dois anos. “São cláusulas que não têm impacto econômico”, explica Raimundo Oliveira, assessor jurídico na FEM-CUT/SP.
Na sequência, serão apresentadas e debatidas as cláusulas novas, que são as demandas do chão de fábrica. Posteriormente, o debate segue para as cláusulas de “resistência” que visam barrar os efeitos da terceirização e da reforma trabalhista.
“O Ministério Público do Trabalho está questionando a aprovação da reforma por ter cláusulas inconstitucionais. Ela também fere pelo menos três pontos de acordos assinados pelo Brasil na OIT (Organização Internacional do Trabalho). Ela representa o desmonte do Direito do Trabalho no Brasil”, disse Oliveira.
Negociação Permanente
O Sicetel sinalizou que pode assinar a cláusula compromissória da Negociação Permanente que é reivindicada pela FEM-CUT/SP há 2 anos.
“Esperamos que, de fato, esse compromisso seja firmado. É importante destacar que o processo de negociação, muito valorizado por nós, não deve acontecer apenas no período de data-base. Temas que devemos nos aprofundar devem ser debatidos nesse espaço”, avaliou Carpinha.
Fonte: Com informações da FEM-CUT/SP.