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Após denúncias, direção da Novelis decide trocar gerência de produção

Comunicado foi feito dias depois do sindicato fazer mais uma panfletagem denunciando a falta de manutenção, falta de efetivo, excesso de jornada e de pressão por produção

Após uma série de denúncias do Sindicato dos Metalúrgicos, a direção da fábrica Novelis, em Pindamonhangaba, decidiu trocar a sua gerência de produção.

A fábrica fez o comunicado oficial aos trabalhadores nessa terça-feira, dia 23. Ainda não há informação de quem irá assumir o cargo.

A decisão da empresa ocorreu logo depois que o sindicato realizou denúncias pelo boletim Mete Bronca na porta da fábrica, um no dia 24 de fevereiro e outro no dia 11 de março, também no programa Mete Bronca na rádio 107FM e no jornal O Trabalhador.

As questões apontadas pelo Comitê Sindical Novelis estão diretamente relacionadas à gerência de produção, entre eles a falta de manutenção nas máquinas, a falta de efetivo, excesso de jornada, excesso de pressão por produção, inclusive com muitas reuniões em ambiente fechado.

De acordo com o dirigente sindical Odirley Prado, a entidade recebeu reclamações de todos setores da produção, principalmente do Acabamento e da Refusão.

“Manutenções preventivas canceladas, equipamentos quebrados, com gambiarras, trabalhadores sobrecarregados e uma pressão absurda. Todos estão preocupados porque isso aumenta muito o risco de acidente. Esperamos que a nova gerência tenha um olhar mais responsável pela questão da segurança”, disse.

Odirley também falou da importância da união dos trabalhadores com o sindicato.

“O patrão sempre vai aumentando a pressão e usando o discurso da crise pra apertar mais. Se o trabalhador não denunciasse, se o sindicato ficasse calado, nada iria mudar”, disse

O dirigente relatou que a gerência ainda tentou desqualificar sindicato após a divulgação do boletim.

“A gerência mandou os coordenadores falarem que tudo o que o sindicato estava relatando era mentira. Não adianta, os trabalhadores sabem que é verdade, vivem isso todos os dias. A gente não faz nada por questão pessoal. Tudo o que apontamos é pela reclamação dos trabalhadores, e sempre tentamos primeiro resolver com a chefia. Se o protesto acontece é porque aqueles problemas foram ignorados”, disse.