“Aqui tem resistência, unidade e luta”, por Luciano Tremembé
Por Luciano da Silva, o Tremembé*
As rodadas de negociação da Campanha Salarial estão acontecendo, e este ano, além da choradeira habitual, as bancadas patronais estão rachadas e a gente também percebe a ansiedade dos patrões pra entrar em vigor a reforma trabalhista. Eles estão igual criança com brinquedo novo, achando que o Brasil vai virar uma terra sem lei.
Não é por aí. Onde não tem trabalhador organizado pode até ser, mas aqui não. Em Pinda o trabalhador é bem informado, mobilizado e luta pelos seus direitos.
Essas paralisações que acontecem nas fábricas é que nos dão força pra estar nessa mesa de negociação, porque os patrões sabem que o trabalhador cruza os braços.
Agradeço a toda a diretoria do sindicato e aos trabalhadores por essa união. Isso faz toda a diferença.
Os patrões falam que a Convenção Coletiva é muito grande. Ela poderia ser menor, mas se não tivesse que ter ali até as garantias mais básicas, como colocar água potável no chão de fábrica.
Se a Federação brigou para colocar uma cláusula dessas é porque tem patrão que até isso nega para o funcionário.
Essa é a nossa realidade. É com pessoas assim que negociamos.
Quem não estiver junto com seu sindicato, vai ficar sozinho, cara a cara com o patrão.
*Luciano da Silva – Tremembé é secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba