Campanha Salarial: Rodada com Grupo 8 não avança
Dirigentes da Federação e dos sindicatos metalúrgicos filiados insistiram novamente nos principais pontos da pauta de reivindicações: a valorização nos pisos salariais – que de 2002 até agora tiveram aumentos inferiores ao do Salário Mínimo Nacional – a redução gradativa na jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução no salário e a garantia na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do direito à Licença-Maternidade de 180 dias – hoje está assegurada apenas uma cláusula de recomendação.
“Enfrentamos novamente a choradeira patronal e isso já era esperado. Por isso, é fundamental continuarmos organizados para enfrentar estas dificuldades”, informa o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro.
O dirigente enfatiza que a Campanha Salarial está na reta final – no dia 31 de agosto vence a data-base do ramo metalúrgico cutista, que é 1º de setembro. “As próximas rodadas acontecerão daqui a 14 dias e entraremos na fase do debate do nosso reajuste salarial. Temos que estar unidos e fazer as mobilizações nas portas das fábricas para pressionar os patrões de todas as bancadas patronais a avançarem na nossa pauta de reivindicações. Lutaremos para conquistar um reajuste salarial que contemple toda a categoria metalúrgica”, frisa Biro-Biro.
A bancada patronal do G8 é coordenada pelo assessor Valdemar Andrade.
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Próximas rodadas de negociação
Nesta semana, a FEM-CUT/SP se reunirá com as bancadas patronais dos Grupos 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros), às 10h, no Sindilux e G2 (máquinas e eletrônicos), às 14h, na Abinee – ambas localizadas no prédio da FIESP.
Com relação ao G10, que é a primeira negociação, a Federação debaterá a unificação da Licença-Maternidade de 180 dias na CCT. Atualmente, as empresas ligadas ao setor patronal concedem apenas 150 dias do benefício às trabalhadoras.
Negociação sem data definida
A FEM continua aguardando agenda com as bancadas patronais da Fundição e Estamparia. O Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) continua sem data definida. Este foi o primeiro grupo patronal que a Federação iniciou as negociações. Foram realizadas até o momento três reuniões que debateram a redução na jornada de trabalho para 40 horas, sem redução no salário, e a valorização nos pisos salariais.
Pautas de reivindicações da FEM-CUT/SP
Reposição dos salários pelo índice integral da inflação;
Aumento real de salário;
Valorização dos pisos;
Licença-maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras;
Redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução no salário.
Fonte: Portal FEM-CUT/SP