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Centrais ocuparão ruas de São Paulo nesta quarta (9) em defesa da pauta da classe trabalhadora

Coletiva de imprensa 8ª Marcha da Classe Trabalhadora.Crédito Roberto Parizotti

A CUT e as demais centrais sindicais estiveram reunidas nesta segunda-feira (7), em São Paulo, para falar sobre a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora: por mais direito e qualidade de vida, que ocorrerá dia 9 de abril e pretende reunir mais de 50 mil pessoas na capital paulista (leia mais abaixo).

Para os dirigentes, a retomada da unidade do movimento sindical é fundamental para fazer avançar a pauta da classe trabalhadora, que tem como principais pontos o fim do fator previdenciário, a redução dos juros e do superávit primário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o combate ao PL 4330, que amplia a terceirização, e a igualdade de oportunidades para homens e mulheres.

As centrais também divulgaram um documento que será entregue à presidenta Dilma Rousseff, aos presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Tribunal Superior do Trabalho e retoma a “Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho”, construído em 2010, durante ato no estádio do Pacaembu.

O secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, durante coletiva de imprensa (Crédito: Roberto Parizotti)
O secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, durante coletiva de imprensa (Crédito: Roberto Parizotti)

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, destacou que os trabalhadores defenderão também a manutenção da política de crescimento com distribuição de renda adotada na última década e conquistas como a valorização permanente do salário mínimo, resultado da luta conjunta do movimento sindical.

“A Europa está vivendo os problemas atuais porque adotou medidas extremamente conservadoras em sua economia, contra os trabalhadores, e agora colhe resultados ruins. Nosso país só cresceu nos últimos anos porque resolveu enfrentar a pobreza e promover a inclusão social. Esse é o caminho do crescimento e não a política de aumento de juros”, disse.

A marcha ocorrerá em São Paulo, afirmou o dirigente, pelo peso econômico que o estado tem para o país e terá dois eixos como base: um trabalhista, para a ampliação e contra o retrocesso de direitos, e o outro sobre questões estruturais que impactam a população como transporte, saúde e educação de qualidade.

Para Nobre, é preciso pressionar os governos em todas as instâncias – citou como exemplo a negociação com os servidores públicos, que não ocorre tanto por parte do governo federal quanto estaduais e municipais – e também os empresários, que apesar de beneficiados por políticas de desoneração fiscal, mantém alta rotatividade de mão de obra no país.

 

Pauta unitária das Centrais sindicais

– Manutenção da política de valorização do salário mínimo;

– Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário

– Fim do fator previdenciário

– 10% do PIB para a educação

– 10% do Orçamento da União à saúde

– Reforma agrária e agrícola

– Regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação coletiva no setor público)

– Combate à demissão imotivada, com aprovação da Convenção 158 da OIT

– Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres

– Valorização das aposentadorias

– Redução dos juros e do superávit primário

– Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda

– Não ao Projeto de Lei 4330, da terceirização

– Transporte público de qualidade

– Fim dos leilões do petróleo

 

8ª MARCHA UNIFICADA DA CLASSE TRABALHADORA

Dia: 9 de abril (quarta-feira)

Concentração a partir das 10 horas, na Praça da Sé – SP

Marcha seguirá até o vão do Masp, na Avenida Paulista, SP

 

Fonte: Portal CUT São Paulo, escrito por Luiz Carvalho e Vanessa Ramos