Central Única dos Trabalhadores: 30 anos transformando o Brasil
A Central Única dos Trabalhadores completa 30 anos de fundação nesta quarta-feira (28). Sem dúvida, a criação da central é um dos mais importantes marcos da história recente do país. A entidade teve papel fundamental na luta pela redemocratização do Brasil e tem sido a principal porta-voz das reivindicações da classe trabalhadora ao longo dessas três décadas.
Para marcar o 30º aniversário, várias atividades serão realizadas em São Bernardo do Campo (SP), a cidade que abrigou o congresso de fundação da entidade. Na própria quarta, será realizado o Seminário Internacional “O Movimento Sindical e os Desafios Globais”, que reunirá representantes de várias entidades sindicais estrangeiras e também da OIT (Organização Internacional do Trabalho). A atividade acontece das 9 às 18 horas, no Hotel Palm Leaf.
Às 19 horas, o Pavilhão Vera Cruz, espaço onde foi realizado o Congresso de fundação da CUT, será palco do ato político. E ainda lá, no dia seguinte, das 10 às 22 horas, acontecerá a jornada cultural, aberta ao público e com atividades voltadas para todas as faixas etárias (confira aqui).
A CUT representa 24 milhões de trabalhadores e trabalhadoras da base de quase 3.100 sindicatos de todos os ramos. É a maior central sindical brasileira e a quinta maior do mundo. E não apenas em números. A Central é referência para o movimento sindical internacional e, no Brasil, sempre esteve à frente de lutas fundamentais em defesa dos trabalhadores, como a de ampliação de direitos na Constituição de 1988. Graças à atuação dos cutistas, a jornada de trabalho foi reduzida de 48 para 44 horas e a licença-maternidade ampliada de 90 para 120 dias, por exemplo.
Além dos embates sindicais ao longo destas três décadas, a CUT também encabeçou lutas sociais importantes, formulando propostas de políticas públicas que privilegiassem o desenvolvimento com justiça social. Uma das principais e mais recentes é a política de recomposição do salário mínimo, estabelecida após a Central convocar, em 2004, a primeira Marcha a Brasília com este propósito.
Só para se ter ideia, quando a CUT foi fundada, em 1983, o mínimo equivalia a 70 dólares. Hoje, ele vale 320 dólares e se transformou no principal instrumento de distribuição de renda no país, contribuindo com a redução da miséria.
Agora, 25 anos depois de promulgada a Constituição e com inúmeros avanços trabalhistas e sociais, a Central continua à frente de lutas fundamentais para os (as) trabalhadores (as) e a sociedade, entre elas: combate ao projeto de lei 4.330 – que institui a terceirização sem limites –, fim do fator previdenciário, jornada de 40 horas semanais (que já era reivindicação desde a fundação da entidade), 10% do PIB para a educação e reforma agrária.
No portal da CUT, ao longo desta semana estão sendo veiculados artigos do presidente e dos ex-presidentes da Central e de alguns blogueiros sobre a importância da Central Única dos Trabalhadores para o Brasil e para a classe trabalhadora de todo o mundo. O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, também fala sobre o papel e os desafios da CUT em artigo no site da entidade.
(Fonte: assessoria de imprensa da CNM/CUT)