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Data-base dos metalúrgicos fecha com 8,83% de perdas com a inflação

O índice da inflação que é utilizado como parâmetro nas negociações da Campanha Salarial dos Metalúrgicos da CUT está definido.

Com o resultado do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de agosto, divulgado no último dia 9, a data-base da categoria fechou em 8,83% de perdas da inflação, referente ao acumulado dos últimos 12 meses. O levantamento é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Agosto foi mais um mês de deflação. A inflação recuou 0,31%, um reflexo principalmente das medidas eleitoreiras do governo federal em relação aos preços dos combustíveis. Por outro lado, o Dieese aponta que os alimentos ainda não saíram da sequência de alta de preços e acumulam aumento de 13,47% em 12 meses.

Veja também: Alimentos continuam caros. Dieese analisa a inflação e os combustíveis

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, André Oliveira, reforça a busca da categoria pela valorização do salário.

“Essa queda agora da inflação pode dar a falsa sensação de que as coisas estão melhorando. Não estão. Isso não diminui a dificuldade que o trabalhador vem tendo há meses no supermercado. Por isso mesmo a gente precisa manter a unidade e lutar pra conquistar um reajuste justo, pra equilibrar o nosso poder de compra, se possível com aumento real de salário”, disse.

Ataques dos patrões

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), Erick Silva, destaca as dificuldades da Campanha Salarial 2022.

“As bancadas patronais estão pulverizadas e isso nos leva às várias frentes de negociação. Temos um cenário difícil, com propostas de parcelamento do reajuste salarial e também com a tentativa de retirada de direitos. Mas os sindicatos filiados à FEM estão unificados, temos forças e coragem para enfrentar esse desafio”.