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Falta de segurança provoca a morte de metalúrgico em Pinda

Manifestação realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos na portaria da empresa nesta segunda; protesto já havia sido feito em março. Crédito: Secretaria de Comunicação
Manifestação realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos na portaria da empresa nesta segunda; protesto já havia sido feito em março. Crédito: Secretaria de Comunicação

Um metalúrgico morreu na última sexta-feira, dia 14, em um acidente de trabalho na Cosmetal. Uma manifestação na porta da empresa ocorreu nesta segunda.

O acidente ocorreu às 22h na área da Laminação da Cosmetal. Elenil da Silva César faleceu no momento em que tentava soltar uma barra que estava travada no leito de laminação. Uma segunda barra foi lançada pelo equipamento, bateu na primeira e atingiu o trabalhador pelas costas. Segundo relatos, o material incandescente atravessou o seu corpo e o jogou sobre as outras barras quentes.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT foi acionado pelos trabalhadores na madrugada de sábado. Ainda no mesmo dia, o sindicato acionou o Ministério do Trabalho e Emprego e o Cerest de Pinda (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).

Na manhã dessa segunda-feira, após manifestação na porta da empresa, os trabalhadores foram dispensados e o sindicato reuniu-se com a direção da Cosmetal para discutir detalhes da investigação.

O acidente ocorreu justamente em uma situação de risco que já havia sido apontada em fiscalização realizada pelo Cerest e cobrada pelo sindicato. Em março, uma paralisação em protesto à falta de segurança já havia sido feita.

Levantamento realizado pelo sindicato, por meio de CATs (Comunicado de Acidente de Trabalho) entregues pela empresa, soma 12 ocorrências de acidentes somente no segundo semestre de 2012.

Elenil da Silva, de 33 anos, era morador da cidade de Roseira, tinha dois anos de empresa e deixa esposa e duas crianças.

A Cosmetal emprega cerca de 140 trabalhadores na laminação de ferro e corte e dobra de material.

 

Protesto. No dia 21 de março, a categoria já havia feito uma paralisação para cobrar melhorias na segurança da empresa. O protesto terminou somente depois que a empresa documentou o compromisso de corrigir problemas na segurança. Por via judicial, o sindicato também conquistou a reintegração de um membro de Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) que havia sido dispensado irregularmente.