FEM-CUT/SP e sindicatos discutem próximos passos da Campanha Salarial
Com 8,83% de perdas salariais acumuladas em 12 meses, a FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos) e os 13 sindicatos filiados continuam lutando para fechar a Campanha Salarial de 2022 da categoria.
Nessa quarta-feira, dia 21, uma nova reunião com a diretoria e o conselho deliberativo da FEM-CUT/SP ocorreu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
De Pindamonhangaba, participaram os dirigentes André Oliveira, Odirley Prado, Marcio Fernandes e o advogado responsável pelo Departamento Jurídico, dr. Marcos Gonçalves.
O presidente André Oliveira ressaltou o bom nível de produção das fábricas e a busca pelo reajuste salarial.
“Pinda bateu mais um recorde de exportações, por causa da produção da indústria metalúrgica. É resultado do suor do trabalhador. Sabemos que as dificuldades são enormes quando se fala em aumento salarial. É só choradeira dos patrões. Mas a unidade dos trabalhadores com certeza vai ser grande e é assim que vamos sair vitoriosos dessa luta”, disse.
De acordo com a direção da FEM-CUT/SP, as negociações chegaram a um impasse: nenhuma das bancadas patronais ofereceu proposta além da reposição do INPC (8,83%).
Além disso, os empresários de alguns grupos querem o parcelamento do reajuste salarial e retirada de importantes direitos das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT).
Erick Silva, presidente da Federação, destaca que as propostas apresentadas até agora já foram rejeitadas pelos sindicalistas.
“Não há a menor possibilidade de termos a reposição dos salários de forma parcelada. Nosso compromisso com a categoria é buscar o reajuste integral da inflação e também aumento real, sem esquecer de defender os direitos contidos nas CCT’s”.
Para pressionar as bancadas patronais, os 13 sindicatos filiados à FEM-CUT/SP estão realizando assembleias de mobilização.
Max Pinho, secretário-geral da Federação, enfatiza a importância da unidade dos metalúrgicos.
“Todas as conquistas que tivemos em outros anos foram fruto do trabalho da FEM e dos sindicatos junto com a união dos trabalhadores, que sempre deixaram claro para os patrões que não aceitaram qualquer retrocesso e, muito menos, a desvalorização salarial. Este ano não está sendo diferente. Em todo estado, os metalúrgicos estão nas portas das fábricas para cobrar um reajuste digno e também a manutenção dos direitos”.
Texto: Imprensa SMetal, edição Imprensa Sindmetalpinda.