FEM-CUT/SP e patrões do G8 continuam negociação no dia 3 de setembro
Nesta terça-feira, dia 27, houve nova rodada de negociação da Campanha Salarial entre a FEM-CUT/SP e a bancada patronal do Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros). O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba esteve presente.
Na negociação, ocorrida na sede do Sicetel (Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos), na FIESP, o G8 demonstrou a possibilidade de avançar em algumas cláusulas sociais pré-existentes (que estão em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho-CCT), citando como exemplo a Licença Maternidade de 180 dias, que está como recomendação na CCT e a FEM quer transformá-la em um direito efetivo.
Com relação aos novos direitos, foram apresentadas à bancada patronal, coordenada pelo assessor jurídico Valdemar Andrade, os direitos à realização de assembleias dentro da fábrica, à função compatível com a condição física da gestante e ao atestado médico de filho menor de 12 anos de idade nas consultas médicas/internação.
Segundo o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro), a bancada do G8 condicionou esta possibilidade de avanços a um “pacote geral” da negociação, que será debatido no dia 3 de setembro.
Próximas rodadas
Nesta quarta-feira, 28 de agosto, não terão rodadas de negociação. Na quinta-feira, 29, a FEM continuará a rodada com o Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos), às 10h, na sede do Sindipeças. Na última rodada, a Federação debateu com o G3 a melhoria e ampliação dos seguintes direitos sociais: incentivo ao estudante, garantia ao empregado em idade militar, criação de um plantão ambulatorial nas fábricas e função compatível à condição física da gestante. “A bancada patronal sinalizou a possibilidade de avançar nestas cláusulas. Esperamos que nesta rodada, dia 29, consigamos avançar”, informa o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva (Biro Biro).
A bancada do G3 também propôs alterações nas redações de algumas cláusulas, citando, por exemplo, a cláusula que libera o trabalhador em horário de trabalho para receber o salário. O G3 quer excluí-la alegando que coloca em risco a segurança do empregado.
Principais reivindicações da FEM-CUT/SP
As principais reivindicações são a reposição integral da inflação, o aumento real no salário, a valorização nos pisos salariais, a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário e a ampliação e unificação de direitos em Convenção Coletiva de Trabalho.
A Campanha Salarial da FEM tem pauta cheia, ou seja, serão negociados com os patrões a renovação, a melhoria e a ampliação das cláusulas econômicas (aumento salarial e pisos) e sociais.
Confira a abaixo os setores metalúrgicos da base da FEM em Campanha:
Data-base: 1º de setembro
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:75.500
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51 mil
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)
Total: 36 mil
Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 35 mil
Estamparia
Total: 4.000
Fundição
Total: 4.000
Total: 205,5 mil metalúrgicos em Campanha
Com informações do portal FEM-CUT/SP.