Índice da inflação da Campanha Salarial fecha em 2,94%
FEM busca estabilidade de emprego com as bancadas patronais, mas resistência é enorme
O índice da inflação, que é utilizado como parâmetro nas negociações da Campanha Salarial, está definido em 2,94%.
O relatório foi emitido este mês pelo DIEESE Subseção CNM/CUT e FEM/CUT-SP.
O número é o resultado do acumulado do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses, de setembro de 2019 a agosto de 2020. A data-base dos metalúrgicos da CUT é 1º de setembro.
Ao longo de todo o período, alguns meses tiveram deflação e a partir de junho o aumento da inflação foi maior do que o ano passado e agosto apresentou o maior resultado para o mês desde 2012. O acumulado dos 12 meses chegou em 2,94%, que ainda assim é menor que a inflação de 2019, que foi de 3,28%.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Luciano da Silva – Tremembé, ainda não houve discussão de valores nas rodadas de negociação entre a FEM/CUT e as bancadas patronais.
“A nossa Federação tem insistido com o patronal para avançar na questão da estabilidade de emprego. Aqui nós temos acordo na Confab e outras fábricas. Tem outros sindicatos que também conseguiram, como na Volkswagem, mas a resistência do patronal nessa questão é enorme”, disse.
“Mas outro ponto importante é manter os direitos da Convenção Coletiva. Vale lembrar que não temos mais a ultratividade, aquela lei que garante os direitos até que uma nova convenção seja assinada”, completou.
Eixos
Este ano, a Data-Base negociada pela FEM/CUT está focada na exigência de melhores condições de saúde e segurança e garantia de emprego. O tema é “Companheir@s! Tamo junto pela vida, emprego e renda”.
Os eixos são: por melhores condições de saúde e segurança; por melhores condições sanitárias e de higiene; aumento salarial; pela manutenção de todos os direitos; pela nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos; defesa urgente de um projeto de reindustrialização do país.