Mais de 40 mil pessoas lotam as ruas de SP na 8ª Marcha da Classe Trabalhadora
Trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias e de todas as regiões do país tomaram as ruas de São Paulo nesta quarta-feira, dia 9, na 8ª Marcha da Classe Trabalhadora convocada pela CUT e demais centrais sindicais.
A manifestação durou quase quatro horas – entre a concentração na praça da Sé até o final da passeata, com ato no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na avenida Paulista – e reuniu 40 mil pessoas, em defesa da pauta da classe trabalhadora (e a velha e preconceituosa mídia “viu” um público que não passou de 10 mil…).
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT esteve presente com sua comitiva, da qual também fizeram parte dirigentes do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Vale do Paraíba.
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Reportagem TVT
Luta: 8ª Marcha da Classe Trabalhadora reúne 40 mil em São Paulo
A Marcha, mais uma vez, demonstrou a capacidade de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras. Na Praça da Sé, marco zero da capital paulista, o presidente da CUT, Vagner Freitas, deixou claro aos candidatos: quem deseja o voto dos trabalhadores, precisa defendê-los.
O dirigente apontou que, apesar de não ter caráter partidário, a manifestação cobrou daqueles que disputarão as eleições deste ano comprometimento com a agenda sindical. No encerramento da Marcha, no vão livre do MASP, na avenida Paulista, ele lembrou que a pauta da elevação dos juros já perdeu nas urnas.
“Aumentar a taxa Selic para controlar a inflação é coisa do passado, derrotada nas últimas eleições. É preciso entender que não há desenvolvimento sem atender a pauta dos trabalhadores e desenvolvimento não significa apresentar números de superávit, mas melhorar a qualidade de vida do povo”, disse Vagner.
Ele também ironizou quem previu a divisão das centrais – “a mídia, que apostou em nosso racha, quebrou a cara” – e afirmou que as mobilizações crescerão, se o governo não responder às reivindicações.
“É muita gente aqui para os governos não atenderem e mostrarmos que, mais uma vez, prevaleceu nossa unidade. A mesma que unificou CUT, Força e UGT para eleger o companheiro João Felício (Secretário Internacional da Central) como presidente da CSI (Central Sindical Internacional). Não há movimento mais organizado que o brasileiro. Se não formos atendidos, faremos manifestações maiores que essa”, alertou.
As centrais já solicitaram uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para entregar a “Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho”, construída em 2010, durante ato unificado das centrais no estádio do Pacaembu, e atualizada com as demandas de 2014.
O documento também será apresentado aos presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Tribunal Superior do Trabalho.
Pauta unitária das Centrais sindicais
– Manutenção da política de valorização do salário mínimo;
– Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário
– Fim do fator previdenciário
– 10% do PIB para a educação
– 10% do Orçamento da União à saúde
– Reforma agrária e agrícola
– Regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação coletiva no setor público)
– Combate à demissão imotivada, com aprovação da Convenção 158 da OIT
– Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres
– Valorização das aposentadorias
– Redução dos juros e do superávit primário
– Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda
– Não ao Projeto de Lei 4330, da terceirização
– Transporte público de qualidade
– Fim dos leilões do petróleo
Com informações da CUT Nacional e da CNM/CUT.
Veja reportagem completa:
Classe trabalhadora toma as ruas de São Paulo em defesa de sua pauta