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Metalúrgicos da CUT iniciam discussão da Campanha Salarial 2022 em SP

Inflação segue em alta; FEM-CUT/SP fez 1ª reunião com sindicatos e definiu plenária do eixo da campanha para 9 de abril

Dirigentes sindicais dos 13 sindicatos filiados (foto Adonis Guerra)

A FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo) deu o pontapé inicial na Campanha Salarial 2022 em reunião realizada nesta quinta-feira, 17, em São Bernardo do Campo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Representantes dos 13 sindicatos filiados à entidade participaram do encontro.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba participou com o presidente André Oliveira e os dirigentes Odirley Prado, Marcio Fernandes e Luciano – Tremembé.

Dirigentes de Pinda com o novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges (de amarelo) e Edivaldo José, o Pula-Pula

O presidente da FEM-CUT, Erick Silva, destacou a importância dos sindicatos e da categoria para atingir os objetivos.

Erick Silva ao lado do secretário geral da FEM, Max Pinho

“Com muita unidade e mobilização dos nossos 13 sindicatos filiados e dos trabalhadores nas fábricas, vamos para as mesas de negociação buscar a garantia dos direitos da companheirada, desde as cláusulas econômicas até a reposição da inflação, que já vem alta, e também buscando aumento real nos salários”.

A plenária para definir os eixos da campanha, o slogan e pauta da Campanha Salarial de 2022 ficou marcada para o próximo dia 9 de abril.

Em seu discurso, André Oliveira reforçou a necessidade de mobilização dos trabalhadores.

 “A luta vai ser dura, mas temos que manter a unidade dos trabalhadores e se preparar para guerra em defesa dos direitos. Pindamonhangaba é referência e tem grande importância nessa luta, que representa quase 200 mil metalúrgicos em todo o Estado de São Paulo”, disse

Perdas salariais já somam 5,73%

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), desde a última data-base, os trabalhadores metalúrgicos já acumulam 5,73% de perdas salariais.

O resultado verificado até o momento é o maior desde 2016 e o segundo maior desde 2003. No mesmo período do ano passado, a data-base estava em 5,37%.

O cálculo leva em consideração o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do período – de setembro do ano passado a fevereiro de 2022.

No ano passado, a data-base dos metalúrgicos terminou em 10,42% e a Campanha Salarial enfrentou a tentativas dos patrões em pagar o reajuste abaixo do valor e, em alguns casos, parcelado em até três vezes.

“Tivemos uma Campanha Salarial difícil em 2021, mas resistimos graças ao trabalho dos sindicatos filiados e à mobilização da categoria nas fábricas. Garantimos a reposição integral da inflação e, em vários casos, aumento real. Além disso, conquistamos a renovação das Convenções Coletivas, que estabelece importantes direitos para os trabalhadores e trabalhadoras”, enfatiza Erick Silva.