Metalúrgicos da GV do Brasil fazem a primeira paralisação, de três horas, por mais segurança e convênio médico
Em apenas quatro meses de produção, três explosões nos fornos já ocorreram, além de vários atos inseguros por parte da chefia; funcionários ainda não têm convênio médico nem transporte
Os trabalhadores da nova siderúrgica GV do Brasil fizeram nesta terça-feira, dia 26, a primeira paralisação da fábrica, que durou três horas, para protestar contra problemas na segurança e reivindicar um plano médico. Uma assembleia aprovou a pauta de negociação, que também cobra transporte coletivo, correções de cargos e salários, entre outros itens.
A fábrica conta hoje com 280 funcionários. Em maio foi iniciada a fase de testes e a produção efetiva começou há quatro meses, principalmente na fabricação de vergalhões para a construção civil.
O que motivou o protesto, que iniciou às 5h30, foi a falta de resposta da empresa às reivindicações do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT. Segundo o secretário geral Herivelto Moraes – Vela, em pouco tempo de atividade, já ocorreram três explosões por reação química nos fornos da Aciaria e vários atos inseguros por parte da chefia foram registrados.
“Carregam o forno sem fazer inspeção prévia. Mandam forneiro tirar sucata com forno ligado. Por Deus, o pior não ocorreu. São coisas que temos cobrado há meses e a empresa ainda não deu a devida importância”, disse Vela.
A falta do plano médico também tem sido muito cobrada pelo sindicato, segundo o presidente Renato Mamão. “Uma siderúrgica não ter condições de oferecer um convênio médico não dá pra acreditar. Agora os trabalhadores estão mobilizados, aprovaram em assembleia as reivindicações e um prazo para que a empresa responda a elas”, disse.