Metalúrgicos de Pinda iniciam paralisações pela Campanha Salarial
Pauta inclui cláusulas que amenizam impacto da Reforma Trabalhista
Os trabalhadores da Gerdau de Pindamonhangaba fizeram nessa quinta-feira, dia 20, uma paralisação de uma hora pela Campanha Salarial. Uma série de mobilizações nas fábricas deve ocorrer nos próximos dias.
A pauta de reivindicações da Campanha Salarial foi entregue pela FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo) para as bancadas patronais no último dia 4. O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba participou da entrega.
Além da questão de salário, a campanha também discute pontos da Reforma Trabalhista. Apesar de ter sido sancionada, a CUT e diversas entidades, como o Ministério Público do Trabalho, pretendem acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) em função de 12 pontos que alegam ser inconstitucionais.
De acordo com o presidente do sindicato, Herivelto Vela, independente da posição que o STF venha tomar a respeito, os metalúgicos da CUT estão se organizando para incluir na Convenção Coletiva de Trabalho cláusulas que amenizem o impacto da reforma.
“A nossa luta é para que questões como a jornada, remuneração, banco de horas, não sejam tratadas individualmente, mas sim por negociação coletiva. Também para que situações como a terceirização e demissões em massa sejam discutidas com a categoria, além de outros pontos para que o funcionário não tenha tanta dificuldade para recorrer à Justiça do Trabalho”, disse Vela.
Para essa quinta-feira, dia 20, estava programa uma reunião do presidente Michel Temer com algumas centrais sindicais. A CUT já havia anunciado que não participaria. A central afirma que não fará qualquer negociação para manter o imposto sindical, o qual critica desde sua fundação, em 1983.
A Gerdau emprega cerca de 1.700 trabalhadores na produção de laminados a aço.