“Nós precisamos pensar em uma política industrial alinhada com as demandas sociais atuais”
Aroaldo Silva, presidente do IndustriALL Brasil defendeu a criação de um Plano Nacional de Política Industrial durante plenária para o 9º Congresso da FEM-CUT/SP realizada em Itu
Na manhã do último sábado, dia 11, aconteceu a primeira plenária para o 9º Congresso da FEM-CUT/SP – “Metalúrgicas e Metalúrgicos na Luta Pela Reconstrução dos Direitos, da Democracia e da Soberania Nacional”.
O evento preparatório teve como tema “Indústria, Emprego e Desenvolvimento” e reuniu cerca de 80 metalúrgicos e metalúrgicas na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e foi transmitido pelo Facebook da Federação.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba participou do evento por meio dos dirigentes André Oliveira, Marcio Fernandes, Davi Ribeiro – Xuxa, e o companheiro André Luiz de Paula – Dezão, funcionário do Sindicato.
Na mesa de abertura, estiveram presentes os presidentes dos sindicatos de Salto, Alexandro Garcia Ribeiro, de Sorocaba, Leandro Soares e o anfitrião, Manoel Lázaro do Santos, de Itu. Representando a CNM/CUT esteve o Secretário de Formação, Renato Carlos de Almeida, e pela CUT/SP, o Secretário Geral, Daniel Calazans, além do Presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva. A condução da mesa foi da Secretária da Mulher, Ceres Ronquin, e do Secretário Geral, Max Pinho, da FEM-CUT/SP.
O presidente da Federação, Erick Silva, explica que o objetivo destes eventos preparatórios para o congresso, é fomentar um plano de lutas para a Federação.
“Nós somos a federação dos metalúrgicos do Estado de São Paulo e vamos lutar para reconstruir a indústria aqui na região”.
O documento será elaborado com os subsídios coletados nas plenárias e finalizado durante o Congresso que vai acontecer em abril.
Warley Soares, Economista do DIEESE, apresentou dados elaborados pelo departamento, que são um raio-x da indústria em São Paulo e no Brasil e defendeu que estamos em um momento histórico decisivo.
“Temos a oportunidade de reposicionar o Brasil na geopolítica global e o movimento sindical é essencial para provocar o estado para promover as políticas públicas”, concluiu Warley.
Aroaldo Silva, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e presidente da IndustriALL Brasil, alertou que apesar da eleição de Lula representar uma vitória política para a classe trabalhadora, não significa a detenção da estrutura do Estado.
“Está em disputa tudo que é referente a macropolítica e aos nossos direitos e por isso, ou a gente se organiza ou a gente vai perder muito mais. A indústria, que é um setor produtivo com efeito multiplicador e com alto impacto na economia nacional, está em disputa. A CNI (Confederação Nacional da Indústria), que representa o empresariado, já entregou ao governo federal dois documentos com plataformas que os beneficiam”.
Aroaldo defende que o movimento sindical se aproprie deste debate, que construa um plano nacional de política industrial e que tenha compromisso com o desenvolvimento do país, com geração de emprego e distribuição de renda. E antenado com as novas tecnologias, inovação, respeito ao meio ambiente e que propõe ao governo federal a criação de uma mesa central de negociação para debater o tema.
“Nós precisamos pensar em uma política industrial alinhado com as demandas sociais atuais”, finalizou.
A segunda plenária preparatória vai acontecer no dia 25 de fevereiro, no Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba.