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PLR da Gerdau de Pinda injeta R$ 12 milhões e aponta retomada da produção

(foto: Saulo Fernandes)

A fábrica Gerdau, de Pindamonhangaba, tem apresentado melhora na produção. A empresa realizou o pagamento da primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), maior que o ano passado, tem mantido os empregos na cidade e tem boas perspectivas. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos e do relatório financeiro da companhia divulgado nessa quarta-feira, dia 31.

O pagamento da PLR ocorreu no dia 24 de julho e injetou sozinho cerca de R$ 12,6 milhões na economia, R$ 3,3 milhões a mais que na mesma parcela do ano passado, um aumento de 35%.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, André Oliveira, diferente do ano passado, que tinha cenário de produção baixa e que o pagamento dessa parcela havia sido em torno de 80% do salário de cada funcionário, este ano ele ficou na média de 112%.

“O Sindicato faz também um trabalho de fiscalização dos números de produção de cada área. Não está ‘bombando’, mas já está bem diferente de cinco meses atrás, que a gente teve a discussão dos empregos. A gente vê o quanto foi importante todo aquele protesto para estancar aquele quadro de demissão, que poderia ter sido muito pior, depois daquilo conseguimos manter os empregos, e as perspectivas para os próximos meses são melhores. O sentimento é de retomada”, disse André.

Nessa quarta-feira, dia 31 de julho, a empresa apresentou o resultado financeiro referente ao 2º trimestre, com resultados positivos sobre o setor de aços especiais, ao qual a unidade de Pinda faz parte. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros e impostos) teve aumento de 23,2%.

Segundo a empresa, no Brasil, o volume de vendas neste setor aumentou 14,6% no trimestre, favorecido pela gradual retomada do setor automotivo do país. Ela citou dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), de que a produção de veículos pesados, como caminhões e ônibus, que usam muito mais aço, nesse primeiro semestre, foi 39,4% superior em relação ao mesmo período do ano passado.

A Gerdau de Pinda emprega cerca de 2.500 trabalhadores e atua no ramo do aço com foco no ramo automotivo.

Brasil. De forma geral, a companhia não apresentou números tão favoráveis quanto os de aço especial. Ela citou o impacto com a paralisação das atividades em duas usinas no Rio Grande do Sul em função das enchentes. Também citou o fechamento de duas unidades em Minas Gerais e uma no Ceará. A empresa afirma que tomou essa decisão por questões de perda de competitividade. Os Sindicatos dessas unidades protestaram para conseguir negociar acordos. Entretanto, as vendas de aço no Brasil se mantiveram estáveis nesse trimestre, com 2,7 milhões de toneladas.

Novamente, a empresa afirmou que sustentou níveis saudáveis de rentabilidade. No dia 20 de agosto irá pagar R$ 252 milhões aos acionistas.

A companhia mantém a política de distribuir, no mínimo, 30% do seu lucro líquido. Em abril, ela também distribuiu ações na proporção de 1 para cada 5 como bonificação aos acionistas.

Taxa do aço. A Gerdau já havia comemorado oficialmente a medida do governo de aumentar a taxa de importação de 11 produtos do aço para barrar vendas da China aqui no Brasil. Esse foi inclusive o argumento usado pela empresa na época das demissões, que chegaram a passar de mil em todo o país.

Neste novo relatório, ela apontou que isso ainda não apresentou efeitos significativos nas vendas, mas citou que a penetração de aço importado ocorre, principalmente, pela entrada de aços planos, produtos que não são feitos em Pindamonhangaba.