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Protesto do MST trava rodovia estadual por 1 hora em Pinda

Movimento quer plantar arroz na área que já foi sinalizada para fins de reforma agrária, mas Governo do Estado não autoriza

Prazo para as 45 famílias deixarem o local por reintegração de posse termina nesta sexta-feira
Prazo para as 45 famílias deixarem o local por reintegração de posse termina nesta sexta-feira

Integrantes do MST (Movimento dos Sem Terra) realizaram nessa quarta-feira, dia 18, um protesto na rodovia estadual Vereador Abel Fabrício Dias, em Pindamonhangaba/SP, que fica em frente à uma ocupação do movimento.

O ato começou por volta das 11h30, quando os manifestantes atearam fogo em pneus e bloquearam a rodovia que liga o centro da cidade ao distrito de Moreira César, nos dois sentidos por cerca de uma hora.

De acordo com uma das integrantes da direção regional do MST, Suelyn da Luz, o protesto foi feito para pressionar o Governo do Estado de São Paulo a conceder alguma das áreas que já foram sinalizadas para fins de reforma agrária.

Segundo ela, o acampamento Egídio Brunetto, que fica ao lado da Fatec, onde ocorreu o protesto, é uma dessas áreas. Desde dezembro, 45 famílias de Pinda e cidades vizinhas estão acampadas no terreno do Estado, que está sob administração do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica. Na década de 90, ele funcionava como campo de pesquisas, mas foi desativado e em 2010 foi sinalizado pelo Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo) como área para fins de reforma agrária.

“A gente tem um projeto de produção orgânica de arroz irrigado, que é uma experiência muito promissora do MST no Rio Grande do Sul. Aqui é uma área grande, improdutiva, que o Estado não tem projetos pra ela, mas não aceita que a gente produza”, disse Suelyn.

Futuro

Ainda nessa quarta-feira, uma reunião estava ocorrendo em São Paulo, com o Itesp, para discutir a situação dessas 45 famílias. O acampamento Egídio Brunetto já recebeu ordem de reintegração de posse. O prazo para que deixem o local se encerra na sexta-feira.

“A gente não pretende ter confronto com a polícia. Esse protesto foi pacífico e conseguimos mostrar para o Itesp e para o Governo que estamos dispostos a permanecer na resistência e na ocupação. A gente vai seguir pressionando e marcando reuniões até que a gente consiga atingir nosso objetivo, mesmo que não seja aqui”, disse.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pinda ofereceu apoio para o movimento, com o caminhão de som.

 

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