Reunião da FEM-CUT/SP debate próximos passos da Campanha Salarial
Com informações de Gabriela Guedes/Imprensa SMetal Sorocaba
Dirigentes da FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo) realizaram nova reunião nesta quinta-feira, dia 1º de agosto, para debater os próximos passos da Campanha Salarial 2024. A reunião ocorreu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba. Pinda também participou.
Até o momento já foram realizadas cerca de 20 reuniões com grupos patronais para negociar a reivindicação da categoria, que envolvem principalmente a reposição da inflação, aumento real nos salários e a valorização das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
Faltando um mês para a data-base da categoria, no dia 1º de setembro, os dirigentes realizaram um balanço das negociações até julho e avaliaram o cenário econômico em que as negociações acontecem, os quais sinalizam a possibilidade do aumento real nos salários.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, explica que as negociações chegaram em fase de afunilamento.
“É hora, mais do que nunca, da companheirada estar nas portas das fábricas, estar nos sindicatos organizando a categoria, para construir na base a Convenção Coletiva que o trabalhador merece”, diz o dirigente.
Segundo o dirigente sindical de Pinda, Odirley Prado, as mobilizações na cidade também devem ser intensificadas nas próximas semanas.
“Já temos feito paralisações aqui, agora elas serão ainda mais fortes para a gente conseguir avançar nas negociações e conquistar o aumento real de salário”, disse.
A economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Caroline Gonçalves, destaca que, apesar de um cenário favorável, a mobilização dos trabalhadores e a organização sindical é fundamental para a conquista do aumento real nos salários.
“A gente tem um cenário econômico positivo, um pouco melhor do que estava no mesmo período do ano passado”.
Entre agosto de 2023 e junho deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou em 3,58%. Agora, faltam os índices de julho e agosto para fechar a inflação acumulada neste último ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa é que o preço dos combustíveis e de passagens aéreas, que tiveram alta, impactem na inflação de julho.
“Esses elementos já nos sinalizam que em julho e agosto não teremos deflação, e teremos uma taxa de inflação que vai se aproximar das expectativas do Banco Central de 4%”, afirma a economista.
Negociações. No total, são 11 grupos patronais que representam as empresas da base da FEM-CUT/SP e empregam mais de 214 mil metalúrgicos. Entre janeiro e maio deste ano, foram cerca de quatro mil novas vagas de trabalho na base da FEM-CUT/SP.