Sem propostas do patronal, Sindicato continua com negociações por empresa
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Dirigentes dos 13 sindicatos ligados à Federação Estadual dos Metalúrgicos de São Paulo (FEM-CUT/SP), reunidos na manhã desta terça-feira, 31, decidiram manter as mobilizações na base da categoria por aumento real, com negociações por empresa, além de reforçar as negociações com os grupos patronais a nível estadual.
Na reunião, os sindicatos ligados à FEM, fizeram uma avaliação das negociações com os sindicatos patronais, que já acontecem há mais de quatro meses, considerando que a data-base da categoria foi em setembro.
A principal pauta da campanha deste ano é a reposição da inflação, que ficou em 4,06%, somada a 2% de aumento real, totalizando 6,14% de aumento salarial.
O secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Odirley Prado, que é membro da FEM-CUT/SP, também esteve na reunião. Todos os grupos já estão com comunicado de greve protocolado pela Federação.
“Negociações travadas no patronal. Até o momento não nenhuma proposta que atenda à categoria. O Grupo 2, de máquinas e equipamentos, é o mais complicado, se nega a continuar a negociação. A luta não para. Continuamos diretamente com cada fábrica buscando o aumento real, sempre buscando o melhor para o trabalhador conforme a realidade de cada empresa”, disse.
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Campanha salarial 2023
Após quatro meses da entrega da pauta da Campanha Salarial deste ano para os Grupos Patronais e quase dois meses da data base da categoria, as propostas apresentadas pelos empresários não contemplam a reivindicação dos metalúrgicos.
O presidente da entidade, Erick Silva, ressalta que os 13 sindicatos filiados à FEM-CUT/SP seguem mobilizados e negociando para alcançar os reajustes de toda a categoria, além da renovação e melhorias das cláusulas sociais das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).
“Nossos sindicatos, junto com os trabalhadores da base, estão de parabéns pelo trabalho, que tem garantido aumento real para a categoria. São milhares de trabalhadores abrangidos com a mobilização que vem sendo realizada. Para além disso, nossa luta pelas Convenções Coletivas (CCTs) continua para que mais e mais metalúrgicas e metalúrgicos sejam beneficiados”, disse.