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Taubaté: Sem acordo em audiência, greve na Volks continua

Audiência no TRT (foto divulgação)
Audiência no TRT (foto divulgação)

Após cerca de 4 horas de negociação, terminou sem acordo a reunião entre a Volkswagen e Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté para tentar pôr fim à greve que já dura mais de uma semana na fábrica.

A reunião aconteceu na tarde de terça-feira (25) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas. Uma nova audiência foi marcada para segunda-feira (31).

No encontro, o sindicato pediu a readmissão do efetivo e cobrou a multinacional sobre o acordo firmado 2012, com validade até 2017, que assegurara os empregos na planta no período. A Volks, por sua vez, alegou que como houve retração nas vendas nos primeiros sete meses deste ano, a montadora precisou adotar medidas de flexibilidade, como férias coletivas e banco de horas, mas que as ações não foram suficientes para adequar a produção à demanda de mercado e equilibrar financeiramente a unidade.

Enquanto o impasse não se  resolve,  a paralisação na fábrica que começou na segunda-feira (17) continua, informa o Sindicato.  “Agradecemos a todos os trabalhadores e ex-trabalhadores que aderiram à greve. Contamos com o apoio de todos para sairmos vitoriosos nessa luta”, reforça o presidente do Sindicato, Hernani Lobato.

Layoff
A greve iniciou-se no mesmo dia em que 250 funcionários da Volkswagen voltaram ao trabalho após passarem cinco meses em layoff. Outro grupo de 120 funcionários também saiu em layoff no dia 27 de abril e o retorno às atividades estava previsto para setembro. A fábrica de Taubaté produz o modelo Up!, Gol e Voyage.

Na última semana, o Sindicato já havia anunciado a possibilidade de deflagrar a greve caso a empresa fizesse desligamentos na unidade de Taubaté.

Todo apoio

A FEM-CUT/SP, entidade que representa cerca de 240 mil metalúrgicos no Estado, manifesta amplo apoio à luta dos companheiros na Volkswagen, em Taubaté.

A Federação não concorda com esse posicionamento da montadora que anunciou as demissões por “telegramas” e não estabeleceu um canal de negociação com o Sindicato. “Defendemos sempre o diálogo e esperamos que nesta rodada na Superintendência Regional do  Ministério Trabalho sejam debatidas alternativas para preservar o maior bem dos trabalhadores: o emprego”, destaca em  nota a entidade.

Fonte: Redação Agência de notícias da  FEM-CUT/SP, com G1