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Trabalhadores da Gerdau atrasam turno pela Campanha Salarial

Paralisação na Gerdau de Pinda: fábrica está relutante em aceitar qualquer reajuste de salário
Paralisação na Gerdau de Pinda: fábrica está relutante em aceitar qualquer reajuste de salário

Os trabalhadores da Gerdau atrasaram a entrada do turno nessa quinta-feira, dia 1º de Outubro, para pressionar os patrões do Grupo 8 (laminação, trefilação, entre outros) a apresentarem uma proposta de reajuste salarial.

Até o momento, nenhuma das bancadas patronais aceitou aplicar o reajuste imediato da inflação, que fechou em 9,88%, pelo cálculo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) no período da data-base da categoria, 1º setembro. O Grupo 8, porém, não formalizou nenhuma proposta, nem sequer concluiu o debate das cláusulas sociais.

Nessa quarta-feira, dia 30, a direção da Gerdau esteve em reunião na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT. Segundo o secretário geral Herivelto Moraes – Vela, a empresa está relutante em aceitar qualquer reajuste de salário.

“A negociação com a empresa tem evoluído. Acabou de começar uma nova etapa de lay-off que vai evitar demissões. Mas não podemos deixar que essa situação trave a discussão do salário. A categoria está unida, novas reuniões deverão ocorrer e se não houver uma boa proposta o único caminho será a greve”, disse.

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O discurso de Vela segue o mesmo tom de protesto feito nas negociações da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) com os patrões. Avisos de greve já foram protocolados no dia 25 de setembro e paralisações também estão ocorrendo em outras regiões do Estado.

O presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, reforça que a reivindicação econômica é a reposição integral da inflação e mais aumento real, que é negociado em mesa. “Reconhecemos todas as dificuldades em se chegar ao entendimento, mas não temos condições em aprovar uma proposta que sequer repõe o INPC”, frisa.

Até o momento, os reajustes oferecidos pelos Grupos 2 (máquinas e eletrônicos), 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e Estamparia oscilaram entre 7% e 8,5%, com parcelamento em duas vezes. Além do G8, os setores patronais do Grupo 10 e Fundição também não formalizaram propostas.