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Trabalhadores da Latasa fazem paralisação de 2 horas contra excesso de acidentes

Os trabalhadores da fábrica Latasa, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação de duas horas nessa sexta-feira, dia 24 de maio. Essa foi a terceira paralisação este ano, pelo mesmo motivo.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a fábrica já contabiliza 7 acidentes de trabalho em apenas 5 meses. O último foi no dia 22, quando um operador teve um corte no dedo preparando o material para carregar o forno da Planta 2. Mais uma vez não tinha carro disponível para levar o trabalhador no hospital, foi necessário esperar o carro voltar para a fábrica, e mais uma vez não houve comunicação da empresa para a Cipaa nem para o Sindicato.

O Sindicato tem sido incisivo com a empresa na questão de segurança. Os protestos estão sendo intensificados. Essa é a 3ª paralisação este ano contra o excesso de acidentes na Latasa. Dessa vez foram mais de 2 horas de paralisação.

De acordo com o presidente do Sindmetalpinda, André Oliveira, os outros protestos tiveram resultado, mas muitos problemas ainda persistem.

“Conseguimos a implantação da NR-12, mas temos que continuar cobrando até instalarem de fato as proteções. Na Planta 1 conseguimos melhorar o excesso de óleo no chão que tanto prejudica o trânsito das empilhadeiras, agora estamos fazendo a mesma briga na Planta 2. Esse é o problema, a gente só consegue resolver as coisas na pressão. Não podemos mais aceitar o que acontece aqui dentro”, disse.

Para o dirigente sindical na Latasa, Fabiano Moura, a empresa ainda não mudou sua postura.

“E aqueles trabalhadores que se machucaram em fevereiro, será que a empresa sabe como eles estão, fisicamente, psicologicamente? Eu sei como eles estão, eu ligo pra eles. Um tem que ficar com a perna esticada, outro tem dificuldade pra andar, outros sendo maltratados dentro da fábrica, isolados. São muitos acidentes e a empresa continua sem nem comunicar”, disse.

O protesto cobrou também a PLR. Já tem 2 semanas que o Fabiano tem cobrado o agendamento de uma reunião e a empresa nem deu resposta. O movimento cobra para que a empresa faça a convocação para formação da Comissão de PLR no máximo até a próxima quarta-feira, dia 29. O protesto também abordou a questão das promoções e do convênio médico.

Cipaa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio)

PLR (Participação nos Lucros e Resultados)